Pacote anunciado para ajustar política fiscal, considerada relação entre dívida/PIB desancorada após abdicar de uma receita com expectativas desancoradas no cenário internacional.
A realidade é que a sociedade brasileira está atravessando um período de intensa reflexão, em que a busca por justiça e igualdade é um tema recorrente. Nesse contexto, a frase do economista Thomas Sowell “A inteligência é mais uma realidade do que uma ideologia“ ganha um novo significado, ressaltando a importância da consideração de diferentes perspectivas em busca de soluções eficazes.
Em um cenário em que políticas públicas são frequentemente discutidas e implementadas, torna-se cada vez mais claro que o ajuste necessário é não apenas em termos econômicos, mas também em termos sociais e políticos. A realidade de que as políticas são implementadas com base em ideologias e preconceitos é um desafio, pois exige que os atores sociais sejam conscientes das consequências de suas ações. O ajuste necessário pode ser alcançado através da promoção da transparência e da participação popular, mas isso também significa que a realidade da sociedade deve ser enfrentada de maneira honesta e sem medo de questionar as políticas vigentes.
Reequilibrando a Fórmula
O ajuste fiscal anunciado pelo governo, no valor de R$ 70 bilhões, é um passo importante para restabelecer a realidade econômica do país. A política fiscal desequilibrada é um dos principais problemas que afetam a economia brasileira, e essa medida visa corrigir essa desigualdade. Além disso, a equipe econômica mostrou coragem ao vencer resistências internas e implementar cortes de gastos significativos, demonstrando compromisso com a responsabilidade fiscal.
No entanto, a realidade é que o governo não pode mudar a política fiscal de forma radical. As mudanças estruturais profundas, como os pisos constitucionais com saúde e educação, não são possíveis em um governo com o perfil do atual. Limitar o aumento do salário-mínimo aos 2,5% acima da inflação, embora seja uma concession, é um passo na direção certa. Isso mostra que o governo está disposto a fazer sacrifícios para equilibrar o orçamento.
A decisão de abdicar de uma receita importante, ao isentar impostos de quem recebe R$ 5 mil/mês, é uma escolha dúbia e ruim. Isso pode ser visto como uma medida para acalmar o mercado, mas na verdade é uma ducha de água gelada para os que aguardavam um pacote de ajuste mais amplo. Além disso, a ideia de sobretaxar os mais ricos para compensar as perdas não é uma solução eficaz, pois precisa ser avaliada caso a caso.
A equipe econômica parece buscar encontrar meios de ter um déficit ‘administrável’ até o final do mandato. Isso significa que os tetos das metas serão as metas. Embora isso seja um objetivo alcançável, a principal dor de cabeça, a relação dívida/PIB, permanece. A realidade é que a dívida crescente torna o país vulnerável a problemas econômicos.
Um conjunto de propostas alternativas mais estruturantes, ventiladas por um grupo de congressistas, parece mais afinada com um ajuste mais perene. Essas propostas podem ser mais eficazes para equilibrar a fórmula econômica do país.
A percepção é que com essas medidas, o Copom do Banco Central não terá o fundamental auxílio na difícil tarefa de ancorar as expectativas de inflação. Com expectativas desancoradas, aumentar a renda disponível para consumo é um contrassenso, pois aquece a demanda. Além disso, o cenário internacional pós-eleição nos EUA, com a volta de Trump à Casa Branca, pode tornar a situação dos emergentes mais complexa.
Um Pacote de Ajuste sem Sustentação
As medidas propostas pelo governo, embora sejam um esforço para ajustar a política fiscal, ainda não são suficientes para equilibrar a realidade econômica do país. A relação dívida/PIB continua a crescer, e a dívida torna o país vulnerável a problemas econômicos.
A decisão de abdicar de uma receita importante, ao isentar impostos de quem recebe R$ 5 mil/mês, é uma escolha dúbia e ruim. Isso pode ser visto como uma medida para acalmar o mercado, mas na verdade é uma ducha de água gelada para os que aguardavam um pacote de ajuste mais amplo.
A equipe econômica parece buscar encontrar meios de ter um déficit ‘administrável’ até o final do mandato. Isso significa que os tetos das metas serão as metas. Embora isso seja um objetivo alcançável, a principal dor de cabeça, a relação dívida/PIB, permanece.
Um Cenário Internacional Incerto
O cenário internacional pós-eleição nos EUA, com a volta de Trump à Casa Branca, pode tornar a situação dos emergentes mais complexa. Se o republicano cumprir uma de suas principais promessas, que é sobretaxar produtos chineses importados, não restará alternativa ao BC chinês a não ser deixar sua divisa perder valor. Isso pode levar a uma perda de valor das moedas dos emergentes concorrentes, tornando a situação ainda mais difícil.
Fonte: @ Valor Invest Globo