Diretor do Banco Central afirmou que projeção considera cenário com real desvalorizado e mercado de trabalho crescendo ‘mais do que se imaginava’ e meta da inflação desancoradas.
Em meio ao contexto de inflação e desvalorização da moeda, o futuro presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, defendeu a necessidade de manter por mais tempo as taxas de juros elevadas. Isso se deve ao fato do mercado de trabalho estar mais apertado e apresentando um crescimento mais acelerado do que o previsto. Juros significativamente mais altos já estão sendo cobrados em alguns segmentos do mercado, e essa tendência pode ser observada no aumento da taxa de juros, uma das principais ferramentas do Banco Central para controlar a inflação.
De acordo com o futuro presidente, o cenário atual do mercado de trabalho, com a taxa de desemprego em níveis baixos e a expectativa de crescimento, pode levar a uma situação em que as taxas de juros precisem permanecer mais altas por mais tempo. A inflação alta e a desvalorização do real contribuem para essa necessidade de taxas de juros mais elevadas. Esse aumento pode ser observado em diversas operações de crédito e emprestimos, onde a taxa de juros é um fator crucial para a tomada de decisão dos empreendedores e consumidores.
Reajuste dos Juros
Em uma reunião de fim de ano da Federação Brasileira de Bancos, o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto (Galípolo), abordou a situação econômica do país, destacando a queda recorde de desemprego como um indicador positivo. No entanto, ele também enfatizou que a inflação corrente e de 12 meses ultrapassaram sua meta, tornando-se fontes de preocupação para o Conselho Monetário Nacional (Copom). Além disso, as expectativas desancoradas, ou seja, desalinhadas com a meta da inflação, também são um problema significativo.
Impacto dos Juros
A taxa de desemprego no país registrou o menor nível de toda a série histórica, iniciada em 2012, ao atingir 6,2% no trimestre móvel encerrado em outubro. Este resultado é um recorde positivo, demonstrando uma queda mais rápida do que a expectativa geral. Galípolo ressaltou a importância de que o Banco Central reaja a esses indicadores econômicos para manter a inflação em sua meta, o que é crucial para a estabilidade do mercado.
Expectativas do Mercado
As discussões entre o BC e o Executivo são frequentes, com o objetivo de fornecer uma visão sobre o que está ocorrendo no mercado de trabalho. Este diálogo é fundamental para que o BC possa tomar decisões informadas sobre a taxa de juros. O presidente do BC mencionou que a atuação do banco para aumentar os juros é uma resposta para frear a inflação e trazer as expectativas de volta à meta da inflação, conhecida como meta da inflação.
Aumento dos Juros
O aumento da taxa de juros é uma decisão crítica do Banco Central, e o objetivo é que esses ajustes estimulem a economia, reduzindo a inflação e trazendo as expectativas de volta à meta da inflação. Galípolo destacou que a inflação corrente e a de 12 meses acumulada estão acima da banda superior da meta, tornando-se fontes de desconforto para o Copom, reforçando ainda mais a necessidade de ajustes nos juros para trazer a inflação de volta ao caminho correto.
Meta da Inflação
A meta da inflação é um objetivo crítico para o Banco Central, e o presidente Galípolo enfatizou a importância de que as expectativas estejam alinhadas com essa meta. A inflação corrente e a de 12 meses acumulada ultrapassaram a meta, o que é um indicador de que a inflação está fora do caminho correto. O aumento dos juros é uma estratégia para trazer a inflação de volta à meta, garantindo a estabilidade do mercado e a criação de empregos.
Fonte: @ Valor Invest Globo