MPGO deflagra quinta fase com ordens judiciais no Entorno do DF. Revólver calibre 38 apreendido. Novo desdobramento da ação penal envolve representantes da OAB.
A Operação Escritório do Crime tem sido objeto de intensa investigação pelas autoridades policiais nos últimos meses. Esse grupo criminoso, que atua com extrema violência, tem se destacado no cenário do crime organizado, deixando um rastro de morte e destruição por onde passa.
Em meio às investigações, surge a figura do advogado, que tem defendido os acusados com afinco e determinação. O jurisconsulto tem sido peça-chave na tentativa de garantir a impunidade dos criminosos ligados ao Escritório do Crime, utilizando todos os recursos legais disponíveis a seu favor.
Operação Escritório do Crime: a quinta fase
Via @metropoles | O Ministério Público de Goiás (MPGO) desencadeou, nesta quinta-feira (15/2), a quinta fase da Operação Escritório do Crime, com o objetivo de executar dois mandados de busca e apreensão contra o advogado João Jaci José Pereira.
As equipes cumpriram as ordens judiciais na propriedade rural e na residência do investigado, localizadas em Formosa (GO), no Entorno do Distrito Federal. Todo o material apreendido será submetido à análise pela inteligência do MPGO, a fim de complementar um procedimento previamente instaurado para apurar a possível prática de delitos como coação no curso do processo e utilização de documento falso. Durante as diligências, os agentes encontraram um revólver calibre 38 municiado na casa do advogado.
Investigação em andamento
O advogado foi conduzido à delegacia de polícia para a adoção das medidas necessárias. A investigação é um desdobramento das etapas anteriores da Operação Escritório do Crime, que culminaram em uma ação penal contra ex-vereadores, empresários, servidores públicos e advogados, todos acusados de crimes como corrupção, esbulho, falsidade ideológica, uso de documento falso e associação criminosa.
Caso sejam condenados, os envolvidos podem enfrentar penas de até 12 anos de reclusão. A execução dos mandados de busca e apreensão contou com a presença de representantes da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) em Formosa e recebeu o apoio de equipes da Companhia de Policiamento Especializado (CPE), do Batalhão Rural da Polícia Militar de Goiás (PMGO) e da Coordenação de Segurança e Inteligência do MPGO.
Intimidação e desdobramentos
Em dezembro de 2023, o filho do advogado e ex-assessor jurídico da 1ª Vara Cível de Formosa, Keffen Melo Pereira, foi detido na quarta fase da Operação Escritório do Crime. Na ocasião, João Jaci chegou a ameaçar os promotores do MPGO e demandou que os veículos de comunicação não divulgassem o teor das investigações. O jurista afirmou ser ‘pistoleiro’ e ostentar influência entre desembargadores e magistrados, numa tentativa de intimidação às equipes do MPGO. Nathália Cardim, Alan Rios
Fonte: @metropoles
Fonte: © Direto News