Grupo de oposição ao governo promete chegar à segunda maior cidade do país por rodovias, após serem expulsos há dez anos.
Em meio ao conflito na Síria, as autoridades da nação decidiram fechar rodovias e cancelar voos no aeroporto de Aleppo. A medida foi imposto na madrugada de sábado (30), o que equivale à noite de sexta-feira (29) no Brasil. A decisão ocorre enquanto a cidade é atacada por rebeldes que opositam o presidente Bashar al-Assad.
As rodovias fechadas incluem as principais estradas que conectam Aleppo à capital, Damasco. Além disso, a medida visa dificultar o acesso à cidade e reduzir a mobilidade de grupos rebeldes. A situação na Síria continua a ficar cada vez mais tensa e as autoridades estão tomando medidas para manter a ordem. O horário de fechamento dos voos no aeroporto de Aleppo é provavelmente uma medida para evitar a entrada de rebeldes e outros grupos que possam estar se escondendo no país.
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A cidade síria de Aleppo, com uma população de pouco mais de 2 milhões de habitantes, é o foco da atenção mundial na atualidade. recentes ataques surpresas realizados por rebeldes opositores ao governo sírio em várias cidades da região têm gerado uma grande preocupação. Desde a quarta-feira (27), pelo menos 27 civis perderam suas vidas na região.
A agência Reuters informa que o Exército sírio fechou as principais rodovias de entrada e saída de Aleppo, a exceção da passagem de tropas militares, que está permitida. Além disso, os soldados foram orientados a realizar uma ‘retirada segura’ de bairros onde os rebeldes já haviam invadido. A decisão de cancelar todos os voos programados para a sexta-feira no aeroporto local também foi adotada.
Os rebeldes fazem parte do grupo jihadista Hayat Tahrir al-Sham e prometeram chegar ao coração de Aleppo, quase uma década após terem sido expulsos da cidade. A operação de expulsão foi realizada com o apoio da Rússia, Irã e milícias regionais na época. Um comandante de uma das brigadas rebeldes afirmou que o avanço rápido pelas cidades sírias foi facilitado pela falta de apoio do Irã no país. Grupos financiados pelo governo iraniano se enfraqueceram nos últimos meses, principalmente devido às ações de Israel.
A Rússia prometeu ao governo sírio ajuda militar extra para combater os rebeldes, com equipamentos previstos para chegar nas próximas 72 horas. A guerra civil síria, que opõe jihadistas e forças do regime de Bashar al-Assad, ocorre desde 2011, mas um cessar-fogo está em vigor desde 2020. Nos últimos anos, apenas combates isolados têm ocorrido. Os rebeldes, que chegaram a estabelecer um califado não reconhecido sob a liderança do Estado Islâmico, controlam agora uma pequena porção do território sírio.
Fonte: © G1 – Globo Mundo