Setor de fabricantes de aviões enfrenta crise de segurança com incidentes, atrasos na entrega do MAX e escrutínio regulatório. Previsão de capacidade em 2024.
A Boeing é uma das maiores fabricantes de aviões do mundo. Com sede nos Estados Unidos, a empresa se destaca pela produção de aeronaves comerciais e militares de alta tecnologia.
A história da Boeing como fabricante de aviões começou no início do século XX, quando a empresa lançou seu primeiro modelo comercial. Desde então, a Boeing tem sido uma líder no mercado aeroespacial, desenvolvendo tecnologias inovadoras e fornecendo soluções de transporte aéreo para companhias em todo o mundo. A qualidade e a segurança dos aviões da Boeing são reconhecidas internacionalmente, o que contribui para a reputação sólida da empresa no setor. A busca contínua por excelência e inovação faz da Boeing uma referência na indústria de aviação.
Companhias aéreas dos EUA enfrentam incertezas devido aos atrasos da Boeing
As companhias aéreas norte-americanas emitiram um alerta nesta terça-feira (12) de que seus planos para aumentar a capacidade estavam em jogo devido aos atrasos na entrega de jatos da Boeing, em meio a uma crise de segurança no setor envolvendo fabricantes de aviões.A indústria da aviação está frustrada com as expectativas deste ano, devido aos problemas da Boeing, tornando ainda mais complicados os esforços para atender à demanda recorde por viagens.A Boeing tem estado sob um escrutínio regulatório intenso, desde um incidente angustiante em 5 de janeiro, quando houve a abertura de um buraco na fuselagem durante um voo, levando a investigações sobre os padrões de segurança e a qualidade da empresa em seu processo de produção.
Impacto dos atrasos na entrega de jatos da Boeing para as companhias aéreas
‘As entregas da Boeing serão significativamente atrasadas este ano’, afirmou o presidente-executivo da United Airlines, Scott Kirby, durante uma conferência organizada pelo JPMorgan, uma semana depois que a companhia aérea anunciou a suspensão da contratação de pilotos por dois meses.A concorrente Southwest Airlines prevê 42% menos entregas do modelo MAX da Boeing este ano do que o estimado anteriormente, resultando em uma redução na capacidade em 2024.Essa é a segunda vez que a Southwest ajusta para baixo suas previsões de entregas, após os primeiros atrasos ocorridos em janeiro.
Apoio público e frustrações das companhias aéreas em relação à Boeing
O primeiro atraso ocorreu após a Agência Federal de Aviação dos EUA (FAA) proibir a Boeing de aumentar a produção do 737 MAX sem determinar um cronograma para a retirada dessa restrição.Executivos das companhias aéreas expressaram publicamente seu apoio à Boeing, embora estejam se sentindo frustrados com os problemas que estão afetando a capacidade de atender às demandas dos clientes.Grandes carteiras de pedidos dificultam a transferência de encomendas para a Airbus, o único outro grande fabricante de aviões comerciais no mundo.A Boeing aconselhou a Southwest a esperar 46 jatos em 2024, todos da variante MAX 8, abaixo das expectativas anteriores de 79 jatos, que incluíam a variante menor MAX 7, conforme comunicado da companhia nesta terça-feira.
Auditorias da FAA apontam problemas na produção do 737 MAX da Boeing
O Alaska Air Group, operadora do jato 737 MAX 9 envolvido no incidente do começo do ano, também está revendo seus planos de capacidade para 2024 devido à crise enfrentada pela Boeing.Recentes auditorias da FAA sobre a produção do 737 MAX da Boeing revelaram várias questões, como divulgado pelo New York Times.A United entrou em contato com a Airbus sobre a possibilidade de adquirir mais jatos A321neo para preencher uma lacuna potencial deixada pelos atrasos na entrega do 737 MAX 10 da Boeing, que está previsto para ser certificado após o MAX 7.
Soluções em meio aos desafios enfrentados pelas companhias aéreas
‘É impossível prever quando o MAX 10 será certificado’, afirmou Kirby, da United, enfatizando as dificuldades enfrentadas.A Southwest está sendo obrigada a cortar seus planos de capacidade para o ano inteiro em 1 ponto, visando reorganizar suas operações para o segundo semestre de 2024 devido à crise da Boeing.A companhia aérea não prevê entregas do jato MAX 7 em 2024, devido aos atrasos na certificação.
Fonte: © CNN Brasil