Crianças e adultos dançavam cirandas ao som de Lia de Itamaracá com fantasias coloridas e a bandeira pernambucana ao vento.
O Carnaval está chegando e com ele toda a alegria e animação típicas dessa época do ano. As ruas se enchem de cores, músicas e danças, enquanto os foliões se preparam para aproveitar ao máximo essa festa tão esperada. Para muitos, o Carnaval é a oportunidade perfeita para extravasar e se divertir.
A festa popular é marcada pela diversidade cultural e pela celebração da vida, onde pessoas de todas as idades se unem em um clima de muita folia e descontração. Os desfiles de blocos e escolas de samba, os bailes e os trios elétricos são alguns dos elementos que tornam o Carnaval uma das festas mais emblemáticas do Brasil. É tempo de celebrar a alegria e a diversidade, vivenciando momentos inesquecíveis ao som de muita música e dança.
Carnaval na Capital: Bloco Carnapati e a Festa Popular
Dançou, sacudiu as fitas e o figurino todo colorido, e procurava pelos amigos enquanto se divertia no Bloco Carnapati, nesta segunda-feira (12), na região central da capital. ‘Muito melhor o carnaval do que ficar no celular’.O pai, o músico Randal Andrade, de 51 anos, tocava o tambor. Foi ele que desenhou e confeccionou o capacete do caboclo. ‘Ele adora brincar. Não quer nem saber de TV ou joguinhos de celular. Estimulamos que ele viva a arte’. A mãe, Verônica Alves, de 32, tocava o ganzá e se orgulhava do colorido da roupa que ela produziu para o menino com o desenho do carcará, pássaro que a família acha mais bonito. ‘Carnaval é tempo da gente se divertir em família. Ir para a rua. A gente espera muito por esse momento’. A família e outras dezenas de pessoas, participavam também da ciranda, ao som de música pernambucana no Eixo Cultural Ibero-americano (antiga Funarte). Adultos e crianças se divertiam com a brincadeira do caminho do peixe Nonô, o boneco criado pela Companhia Teatral Mapati, que organiza a festa há 27 anos. Idealizadora do teatro e dessa festa carnavalesca, a dramaturga Tereza Padilha enfatiza que é fundamental garantir espaço para que crianças curtam a época. ‘Nós somos pioneiros (na década de 1990, junto com o Bloco A Baratinha) nos carnavais infantis. É muito saudável que as pessoas responsáveis tirem as crianças de frente das telas para poder viver o carnaval, essa festa democrática e de tanta alegria’, afirma a artista. Com fantasia de pomerano, o menino Heitor, de 9 anos, acompanhado do pai, Antonio Santos, e da mãe, Andrelesse Arruda, ambos de 41, estava empolgado com a ciranda, o que fez com que esquecesse os joguinhos de celular. ‘Bem mais legal’. Os pais concordam que o carnaval, a música e o sol tornaram a segunda de carnaval mais atraente para o menino do que as telas. ‘Temos a preocupação de apresentar para ele a cultura do nosso país’, afirmou o pai. ‘Ele está vendo que é muito mais saudável’, disse a mãe. Entre ritmos nordestinos, uma família matava saudades da terra natal, com a camiseta com as cores e símbolos da bandeira pernambucana. Radicado em Brasília, o casal Tiago Meireles, de 39, e Isabela, de 40, levou o pequeno Artur, de 2 anos, para a festa, e assim ensinarem as músicas desde pequeno. ‘É uma saudade boa da nossa terra. Os bloquinhos nos ajudam’. Com o sol que persistiu em Brasília, a criançada brincava de mãos dadas com os adultos ao som da música de Lia de Itamaracá. Aprenderam rápido a cantar… ‘Minha ciranda não é minha só/Ela é de todos nós/ ela é de todos nós’.
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Fonte: © CNN Brasil