Exoplanetas distantes podem ter pistas de impacto entre planetas gigantes do sistema solar, deixando núcleo derretido rodeado por nuvem de poeira e gás.
Uma colisão cósmica é um evento extremamente raro e impressionante no universo. Trata-se da interação violenta entre dois corpos celestes, como estrelas, planetas ou galáxias, que resulta em impactos de proporções gigantescas. Quando ocorre uma colisão cósmica, a energia liberada é tão intensa que pode afetar todo o sistema em que os corpos estavam inseridos.
Esse tipo de acontecimento pode gerar consequências devastadoras, alterando completamente a estrutura e a dinâmica dos astros envolvidos. Um acidente cósmico desse tipo pode até mesmo dar origem a novos fenômenos astronômicos, como a formação de buracos negros ou a emissão de ondas gravitacionais. Portanto, a colisão cósmica não apenas revela a incrível força presente no universo, mas também pode desencadear uma série de transformações surpreendentes e impactantes.
Descoberta de pistas sobre colisões planetárias gigantescas
Um grupo de cientistas da Nasa descobriram alguns indícios de que colisões planetárias gigantescas podem ter ocorrido no nosso sistema solar há muito tempo. Uma nuvem de poeira e gás com uma luminosidade estranha e flutuante serviu de evidência para os pesquisadores. Segundo a Nasa, cientistas que investigam acontecimentos de fora do nosso sistema solar, em busca de exoplanetas distantes, podem detectar evidências semelhantes de que planetas por vezes colidem em todo o universo.
Estudo detalha o impacto de colisões cósmicas no sistema solar
No caso do novo estudo, os cientistas olharam também como pistas a inclinação de Urano e a existência da Lua da Terra. Segundo eles, esses elementos apontam para momentos quando planetas próximos, dentro do nosso sistema, se chocaram, mudando para sempre formato e lugar de órbita. Os (com 300 milhões de anos) quando notaram algo estranho: o brilho da estrela diminuiu repentina e significativamente. Uma equipe de investigadores olhou um pouco mais de perto e descobriu que, pouco antes deste apagamento, a estrela exibiu um aumento repentino na luminosidade infravermelha. Ao estudar a estrela, a equipe descobriu também que a luminosidade aumentada dela durou mil dias.
Estrela eclipsada revela impacto de colisão cósmica entre exoplanetas
No entanto, 2,5 anos depois, a estrela foi inesperadamente eclipsada por algo, causando a queda repentina no brilho. Esse eclipse durou 500 dias. Ainda na investigação, a equipe descobriu que o culpado por trás do aumento de luminosidade e do eclipse era uma nuvem gigante e brilhante de gás e poeira. E a razão mais provável para a nuvem repentina que causou o eclipse é, segundo os cientistas da Nasa, uma colisão cósmica entre dois exoplanetas, um dos quais provavelmente continha gelo. Um acidente como este liquefaria completamente os dois planetas, deixando para trás um único núcleo derretido rodeado por uma nuvem de gás, rocha quente e poeira (como na ilustração acima).
Fonte: © CNN Brasil