Clube ofereceu R$531 mi para banco, mas acordo costurado por Duilio Alves não foi aceito. Detalhes da oferta do Timão: financiamento, naming rights, CVM, renegociação da dívida.
O Timão, conhecido carinhosamente pelos torcedores, é um tradicional time paulista com uma vasta história no cenário do futebol brasileiro. A situação financeira do clube requer soluções urgentes para evitar possíveis impactos nas atividades esportivas e administrativas. É importante que o Corinthians encontre alternativas viáveis para resolver esse impasse o mais rápido possível.
Corinthians e acordo com a Caixa para financiamento da Arena
Augusto Melo falou sobre tentativa de acordo entre Corinthians e Caixa pela arena em 2 de janeiro A proposta feita pelo Corinthians foi apresentada ao banco no início de novembro.
A intenção do clube era pagar pouco mais de R$ 531 milhões para zerar os débitos do estádio, oferecendo R$ 356 milhões do acordo com a Hypera Pharma pelo naming rights do estádio. + Siga o canal ge Corinthians no WhatsApp O restante, cerca de R$ 175 milhões, seria composto pela compra, com 90% de desconto, de dívidas que o banco teria que pagar a terceiros no longo prazo.
A base da proposta está nesses títulos, chamados de precatórios (clique e entenda tudo detalhadamente como funcionaria a operação). Segundo a Caixa, o Corinthians não pode usar o dinheiro vindo da venda dos naming rights por ele pertencer à Arena Fundo de Investimento Imobiliário, responsável pelo pagamento do estádio.
Além disso, há um entendimento da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) de que o montante não pode ser destinado a este fim. O banco afirma ainda que os recursos do Fundo de Compensação de Variações Salariais (FCVS) também não servem para a quitação do estádio. Carlos Antônio Vieira Fernandes, presidente do banco, chegou a visitar a Neo Química Arena no fim de novembro.
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No acordo atual, o valor principal, que vai de fato abater a dívida e passa dos R$ 600 milhões, só começa a ser pago em 2025. A renegociação corria em paralelo à intenção do Corinthians, ainda sob a gestão de Duilio Monteiro Alves, de oferecer ao mercado 49% da Neo Química Arena.
O clube pretendia vender cotas de fundo imobiliário, seja para um investidor de maior peso ou de forma pulverizada na Bolsa de Valores.
Duilio Monteiro Alves recebeu Carlos Vieira, presidente da Caixa, na Arena do Corinthians — Foto: Rubens Machado Na posse como presidente do Corinthians, Augusto Melo disse que não acreditava em um acordo do clube com a Caixa para a quitação do estádio.
– Perdi a eleição (de 2020) por alguns votos depois que anunciaram a venda dos naming rights. Agora tentaram (a quitação) com a Caixa e sabíamos que era impossível. Fui chamado de Pinóquio e vamos provar quem é Pinóquio. Ele (Andrés Sanchez) disse que mudaria de nome se não quitasse a arena até o dia 31. Vocês têm que cobrá-lo sobre mudar de nome – disse Augusto Melo.
+ Leia mais notícias do Corinthians O ge entrou em contato com o ex-presidente Andrés Sanchez – que rebateu na época dizendo que o acordo seria finalizado até o fim de janeiro -, mas não obteve resposta até a publicação desta reportagem.
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Fonte: © GE – Globo Esportes