Comunicado do regulador: processo administrativo parou a ordem técnica de oferta irregular de produtos em 2022.
A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) rejeitou o acordo apresentado por André Massao Onomura e Renato Sanches Gonzales Junior, gestores da Bluebenx, organização de investimentos em criptomoedas, envolvida em casos de fraude e irregularidades na comercialização de ativos digitais.
A operação da Bluebenx foi considerada fraudulenta pela CVM, que investigou e constatou diversas irregularidades nos mecanismos de oferta da empresa. A recusa do acordo por parte dos responsáveis destaca a gravidade das acusações de fraude, reforçando a importância da punição para coibir práticas financeiras ilegais.
Comunicado do regulador: irregularidades detectadas
De acordo com o comunicado do regulador do mercado de capitais, a decisão foi tomada devido à falta de provas de que a operação fraudulenta foi interrompida e à ausência de garantias financeiras para reembolsar os benefícios obtidos com as práticas irregulares, bem como a falta de compromisso em indenizar os clientes lesados durante as operações. O processo administrativo originado pela CVM, no ano anterior, buscava investigar uma possível operação fraudulenta no mercado de valores mobiliários, além de oferta pública de valores mobiliários sem a devida permissão.
Procedimento administrativo instaurado pela CVM com ‘stop order’
No final de novembro de 2022, a CVM emitiu uma ordem de parada imediata, determinando a suspensão completa das atividades de oferta e intermediação de recursos para investimentos no mercado, após observar sinais de oferta suspeita. A equipe técnica do órgão identificou irregularidades tanto nos produtos de investimento BENX, Defi 90 dias, Defi 180 dias, Defi 360 dias e CriptoSavings oferecidos pela empresa em seu portal online, quanto em uma possível operação fraudulenta no mercado de valores mobiliários.
Bluebenx: área técnica da CVM revela operação questionável
Durante o processo, a área técnica da autarquia constatou a presença de oferta anormal em diversos produtos de investimento da Bluebenx, como também indícios de atividades fraudulentas no mercado de valores mobiliários. É importante ressaltar que tanto a Bluebenx quanto os seus administradores naquela época, Roberto de Jesus Cardassi e William Tadeu Batista Silva, não possuíam permissão para operar no mercado conforme destacado pela CVM.
Desdobramentos com a Bluebenx: investigação de fraude em curso
Os problemas com a Bluebenx tiveram início em agosto de 2022, quando clientes reportaram à empresa por fraude, devido à retenção de valores e à falta de transparência acerca da situação financeira real. A empresa alegou ter sido vítima de um golpe e prometeu devolver os montantes bloqueados, porém sem sucesso até o momento.
Fonte: @ Valor Invest Globo