O aumento do nível de ocupação nas vagas remotas trouxe de volta a relevância dos escritórios, com um novo layout e volume de novas locações.
Parece que a importância dos escritórios está mais presente do que nunca, mesmo com a possibilidade de trabalho remoto. Os espaços comerciais estão cada vez mais sendo ocupados e se tornando locais de interação e colaboração entre os colaboradores.
Os escritórios continuam sendo espaços essenciais para o desenvolvimento das atividades empresariais, mesmo em um cenário de transformações constantes. A adaptação dos edifícios corporativos para atender às novas demandas do mercado é fundamental para garantir um ambiente de trabalho eficiente e produtivo.
Expansão dos escritórios em São Paulo
De acordo com o recente levantamento realizado pela Secovi-SP em parceria com a CBRE Brasil, a cidade de São Paulo apresentou um significativo aumento de 39,4% na absorção bruta de escritórios ao longo de 12 meses. Esse avanço foi notado especificamente na comparação entre o quarto trimestre de 2022 e o quarto trimestre de 2023, totalizando cerca de 852 mil m² de absorção bruta.
Impacto nos edifícios corporativos
Paralelamente, a taxa de vacância dos espaços comerciais teve uma queda de 0,8 ponto percentual no último trimestre do ano passado. Felipe Giuliano, Diretor de Locação da CBRE, destacou a análise de 380 prédios corporativos de grande relevância na região, revelando que mais de 82% deles atingiram um nível de ocupação acima dos 70%.
Impulso no mercado de escritórios
O interesse crescente no retorno ao ambiente presencial de trabalho, aliado ao cenário de controle da inflação e redução das taxas de juros, tem impulsionado as empresas a investirem mais em seus escritórios. O volume de novas locações de escritórios registrou um crescimento de 26% em 2023 em comparação com o ano anterior.
Com a pandemia, muitas empresas precisaram devolver os escritórios, mas agora estão retomando esse movimento de forma progressiva e estratégica. No primeiro semestre de 2023, as empresas menores buscavam espaços com até 5 mil m², enquanto no segundo semestre, as de porte médio se interessaram por ambientes de até 10 mil m².
Dinâmica nos setores financeiro e tecnológico
Segundo o levantamento da CBRE, os setores financeiro, tecnológico e de saúde ocuparam 26% dos espaços comerciais. Felipe destaca que as empresas desses segmentos devolveram muitos espaços durante a pandemia, porém agora retornam em busca de maior produtividade.
Essa retomada está impulsionando a busca por melhorias no layout dos escritórios. Antes da pandemia, a densidade era de 7 m² por estação de trabalho, mas agora a demanda é por espaços de 10 m² a 12 m² por estação. Além disso, observa-se uma expansão dos edifícios corporativos para além da região tradicional da Faria Lima, com migração para áreas como a Avenida Paulista, Chucri Zaidan, Rebouças e Marginal Pinheiros.
Fonte: © Estadão Imóveis