PF investiga fuga com crimes de facilitação, dano qualificado e indícios da tese. Barras de metal, luminária, ferramentas de corte e revista na cela são evidências. Novas movimentações na região de Mossoró.
As autoridades estão em busca de três fugitivos que escaparam da prisão durante a madrugada. Os fugitivos foram identificados como perigosos e a população local foi alertada a manter a segurança em suas casas. A polícia montou um cerco na região para tentar capturar os fugitivos o mais rápido possível.
Os evadidos estão sendo procurados em toda a região, com a ajuda de cães farejadores e helicópteros. Até o momento, não há informações sobre o paradeiro dos foragidos e a população está em alerta máximo. A polícia pede que qualquer informação sobre os fugitivos seja repassada imediatamente para auxiliar nas buscas.
Investigação da Fuga dos Fugitivos na Penitenciária Federal de Mossoró
Via @folhadespaulo | A Polícia Federal descobriu indícios significativos sobre as circunstâncias da fuga dos evadidos na penitenciária de Mossoró, envolvendo possíveis crimes de facilitação de fuga e dano qualificado. O primeiro indício aponta para o uso de barras de metal para retirar a luminária da parede da cela dos foragidos – um passo crucial para a seqüência de eventos que se desenrolaram a seguir.
Os fugitivos conseguiram acessar a área de manutenção do presídio, onde encontraram máquinas, tubulações e fiação exposta, através de um duto. No telhado, objetos de metal suspeitos foram encontrados, levantando a suspeita de que tenham sido utilizados como ferramentas para auxiliar na fuga dos detentos.
Um dos materiais encontrados seria compatível com vergalhões, sugestão de um possível acesso ilegal às celas. As investigações revelam que os fugitivos escalaram uma escada pelo duto de manutenção, alcançaram o telhado e se dirigiram ao perímetro externo, onde conseguiram escapar, após cortar as cercas interna e externa do presídio.
Desvendando os Segredos da Fuga
Mais detalhes apontam para a inatividade das luminárias, auxiliando na movimentação dos fugitivos na escuridão. Um disjuntor desligado em um poste forneceu o cenário perfeito para a fuga, facilitando a aquisição de ferramentas para cortar as cercas. As imagens da retirada da luminária sugerem um trabalho meticuloso e orquestrado, que passaria despercebido em uma revista nas celas.
Além disso, a polícia descobriu uma rede de apoio, possivelmente ligada ao Comando Vermelho, destinada a sustentar os fugitivos em áreas rurais. A suspeita é reforçada pelo contato dos detentos por meio de celulares, culminando na prisão de seis pessoas desde o início das buscas, sendo uma delas presa no Ceará sob suspeita de associação ilícita.
Os investigadores afirmam que os fugitivos provavelmente continuam na região, apesar da ausência de registros recentes. As equipes se concentram na divisa do Rio Grande do Norte com o Ceará, intensificando a busca que já contabiliza 17 dias. A dificuldade é acentuada pelas peculiaridades da região, como cavernas, matas, animais peçonhentos e chuvas frequentes, desafiando as equipes envolvidas na operação.
Desafios na Captura dos Foragidos
A região de Mossoró, com mais de 300 cavernas identificadas, apresenta um ambiente hostil para a captura dos evadidos. A atuação das equipes, incluindo a Força Nacional, com o apoio de helicópteros e drones, visa encontrar os fugitivos e garantir a segurança da população. A vigilância na fronteira com o Ceará é intensa, na tentativa de conter a movimentação dos detentos e evitar novas fugas.
Com um contingente de 600 agentes envolvidos nas operações, a busca pelos fugitivos continua a todo vapor, enquanto a região de Mossoró se mantém em alerta, ciente dos desafios decorrentes das condições naturais adversas. A saga pela captura dos foragidos promete emoções e reviravoltas, em meio a um cenário complexo e desafiador.Raquel Lopes
Fonte: @folhadespaulo
Fonte: © Direto News