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Bolsa em alta com bancos e construção civil impulsionando o mercado, contrabalançando empresas em queda. Menor pressão inflacionária e crescimento notável.
Foi quase zero a zero. Quase. O Ibovespa conquistou sua suada oitava alta seguida. A bolsa nadou contra a correnteza de quedas de dois pesos-pesados e conseguiu chegar até a praia. Tanto Vale quanto Petrobras, que juntas representam 25% do índice, caíram hoje, elevando a pressão negativa na carteira teórica.
O Ibovespa é um dos principais índices da Bolsa de Valores de São Paulo. Com sua trajetória de altos e baixos, ele reflete o desempenho das ações mais negociadas do mercado. Mesmo com as oscilações de empresas como Vale e Petrobras, o Ibovespa segue sendo uma referência para investidores e analistas financeiros. A volatilidade do mercado financeiro mantém os olhos atentos aos movimentos do índice.
Impacto do Índice na Bolsa e no Ibovespa
Mais uma vez, o valor do minério de ferro sofreu uma queda, motivada por informações desanimadoras vindas da economia chinesa. Enquanto Brasil, Estados Unidos e Europa buscam um cenário de crescimento, na China, há uma pressão por uma aceleração da inflação. O índice de preços chinês acabou ficando aquém do esperado, indicando que a segunda maior economia global pode enfrentar um crescimento menor, o que impacta a demanda pelo minério de ferro. Como resultado, esses produtos perdem valor e arrastam a bolsa brasileira para baixo. No entanto, ações de empresas ligadas ao mercado interno se destacaram positivamente nesse contexto.
Desempenho do Ibovespa e do Índice de Preços
Esses papéis se beneficiam de um ambiente com inflação controlada e taxas de juros mais baixas. O resultado do Índice de Preço ao Consumidor Amplo (IPCA) refletiu essa tendência, com números abaixo das expectativas e indicando uma desaceleração inflacionária. Isso favoreceu bancos e empresas da construção civil, que tiveram um desempenho positivo no pregão. O Ibovespa registrou um aumento de 0,09%, atingindo 127.218 pontos em meio ao feriado da Revolução Constitucionalista. O mês de julho segue a oitava alta consecutiva, acumulando um avanço de 2,67%. No entanto, no acumulado do ano, o índice apresenta uma queda de 5,19%.
Impacto da Inflação no Mercado Financeiro e nos Bancos
O volume de negociações foi de R$ 15 bilhões, abaixo da média de R$ 16,8 bilhões dos últimos 12 meses, refletindo o impacto do feriado. Uma inflação mais controlada, próxima da meta de 3% ao ano, poderia abrir caminho para novos cortes na taxa de juros pelo Banco Central, cujo ciclo de queda foi interrompido recentemente. A redução da taxa de referência (Selic) tem efeitos positivos na economia, estimulando o consumo e reduzindo o custo do crédito, o que beneficia o quadro de endividamento. Com retornos mais baixos na renda fixa, a bolsa se torna mais atrativa para os investidores.
Desafios Externos e Decisões do Banco Central
No entanto, os cortes de juros no Brasil não dependem apenas da inflação local, mas também estão condicionados a fatores externos, como as decisões de política monetária nos Estados Unidos. O presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, reiterou a importância da desaceleração da inflação antes de considerar novos cortes nos juros. A divulgação dos índices de preços nos EUA pode impactar o mercado financeiro, assim como a Reforma Tributária e as contas públicas no Brasil. Acompanhar esses eventos é essencial para entender as perspectivas do mercado e os possíveis movimentos do Ibovespa.
Fonte: @ Valor Invest Globo