Crescimento de 150% na área queimada em 9 meses no Brasil, principalmente em Roraima, devido a mudanças climáticas e uso agropecuário.
📲 Siga o A10+ no Instagram, Facebook e Twitter. Incêndios devastadores assolaram o Brasil, com 22,38 milhões de hectares queimados entre janeiro e setembro deste ano, um número alarmante que supera a área do estado de Roraima, segundo o MapBiomas, ligado ao Observatório do Clima. Esse aumento expressivo reflete a gravidade da situação, com incêndios se tornando cada vez mais frequentes e destrutivos.
É importante destacar que esse crescimento de 150% na área queimada em relação ao mesmo período de 2023, quando foram registrados 13,4 milhões, é um sinal de alerta para a necessidade de ações urgentes contra as queimadas no Brasil. Os incêndios florestais têm um impacto devastador não apenas na biodiversidade, mas também na qualidade do ar e na saúde pública. É fundamental que medidas sejam tomadas para prevenir e combater essas queimadas, protegendo nosso meio ambiente e garantindo um futuro mais sustentável.
Incêndios no Brasil: Desastres ambientais em alta
O Brasil está enfrentando uma crise sem precedentes em relação aos incêndios florestais. De acordo com o MapBiomas, nos primeiros 9 meses deste ano, o país registrou uma área queimada equivalente ao tamanho do estado de Roraima. Isso é um reflexo da intensificação das mudanças climáticas e do uso agropecuário, que têm sido cruciais para a propagação de incêndios.
Segundo o MapBiomas, 51% dos locais afetados pelos incêndios estão localizados na Amazônia, que é a região mais afetada. Três em cada quatro hectares queimados eram de vegetação nativa, principalmente formações florestais, que ocupavam 21% da área queimada. Em relação às áreas de uso agropecuário, 4,6 milhões de hectares de pastagens plantadas foram queimadas no intervalo.
Incêndios florestais no Brasil: Uma ameaça constante
O período de seca na Amazônia, que normalmente ocorre de junho a outubro, tem sido particularmente severo este ano, agravando ainda mais a crise dos incêndios na região. Ane Alencar, diretora de Ciências do IPAM e coordenadora do MapBiomas Fogo, afirma que as mudanças climáticas têm um papel crucial para a propagação de incêndios.
Setembro foi o mês com maior pico de queimadas, com 10,65 milhões de hectares incendiados. Isso representa um aumento de 90% em relação a agosto (5,65 milhões). O Cerrado foi o segundo bioma mais afetado pelo fogo em setembro, com 4,3 milhões de hectares queimados.
Queimadas no Brasil: Um desafio global
O Brasil lidera o ranking global de focos de incêndio no mês de setembro. De acordo com dados do Programa Queimadas do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), entre 1º e 25 de setembro, foram registrados 77,3 mil incêndios em todo o território nacional, o que representa 31% do total mundial. Isso significa uma média de 3 mil incêndios por dia no país.
Diante da crise de queimadas, o governo articula medidas para combater e prevenir os incêndios. É fundamental que sejam tomadas ações concretas para proteger a vegetação nativa e reduzir a propagação de incêndios, especialmente em áreas de alta vulnerabilidade como a Amazônia.
Fonte: © A10 Mais