A Conferência Regional de Educação Superior para a América Latina e o Caribe abordará 12 eixos temáticos, incluindo interculturalidade e novas tecnologias de informação.
A internacionalização do ensino superior tem se mostrado cada vez mais importante nos dias atuais. A conexão entre as instituições de ensino superior de diferentes países é fundamental para promover a troca de conhecimentos e experiências, além de contribuir para o desenvolvimento acadêmico e cultural dos estudantes.
A globalização tem impulsionado o aumento do intercâmbio internacional de estudantes e pesquisadores, permitindo que a educação seja enriquecida com diferentes perspectivas e abordagens. Nesse cenário, a internacionalização da educação superior se torna uma peça-chave para a formação de profissionais preparados para atuar em um mundo cada vez mais conectado e diversificado.
Internacionalização: um fator crucial na educação superior
A CRES+5 será realizada de 13 a 15 de março, em Brasília (DF), com o objetivo de analisar as conquistas do ensino superior na América Latina e no Caribe e, ao mesmo tempo, estabelecer prioridades para a próxima Conferência Regional de Educação Superior. Durante a CRES 2018, destacaram-se vários temas que continuam sendo cruciais para o trabalho desse eixo.
Entre estes, estão a consolidação da cooperação regional por meio do reconhecimento de estudos, graus, diplomas e competências, o fortalecimento da integração acadêmica regional, especialmente mediante redes e consórcios como o Espaço Latino-Americano e Caribenho de Educação Superior (Enlaces) e a promoção da Cooperação Sul-Sul como um enfoque humanista e solidário de cooperação internacional.
Impacto da internacionalização na formação de cidadãos e profissionais
Outro ponto crucial do Eixo 3 é o fato de que o papel da internacionalização também é assinalado como ferramenta fundamental para a transformação da educação superior, favorecendo a formação de cidadãos e profissionais comprometidos com a interculturalidade, capazes de conviver e trabalhar nas interrelações entre o territorial e o global.
Nesse sentido, recomenda-se a inclusão da internacionalização nos processos de formação de professores, pesquisadores e trabalhadores da educação superior, bem como a consolidação da dimensão internacional nos três níveis do processo educativo (os processos de ensino-aprendizagem, a estrutura curricular e o conteúdo) e no desenho de políticas institucionais.
Avanços tecnológicos e o novo paradigma da internacionalização
No tocante às temáticas emergentes, destaca-se a entrada em vigor da nova Convenção Regional para o Reconhecimento de Estudos, Títulos e Diplomas na Educação Superior na América Latina e no Caribe, em outubro de 2022, e a Convenção Mundial sobre o Reconhecimento de Qualificações Relativas à Educação Superior, em março de 2023, que conferem nova ênfase à mobilidade acadêmica e à empregabilidade a nível internacional.
Da mesma forma, a utilização ampliada das tecnologias de informação no sistema educativo tem gerado novas dinâmicas de conexão e colaboração nas e entre as comunidades acadêmicas de diferentes países.
Isso vem moldando um novo paradigma de internacionalização, que requer abordagens institucionais inovadoras, assim como a construção de capacidade para o aproveitamento positivo de tendências tecnológicas em constante evolução.
Fonte: © MEC GOV.br