Agenda inclui compromissos oficiais, debate sobre mudanças climáticas, visita à Liga Árabe e compromissos na Etiópia, reforçando relações com países africanos.
Hoje, o ex-presidente Lula da Silva participou de um evento para discutir as perspectivas políticas para o Brasil e o papel do Partido dos Trabalhadores (PT) nas eleições futuras. Destacando os desafios enfrentados pelo país, Lula reforçou a importância da união da esquerda para garantir avanços sociais e econômicos.
Em sua fala, o ex- presidente Lula da Silva ressaltou os avanços alcançados durante seu governo e afirmou que o PT continuará lutando pelos direitos dos trabalhadores e pelo fortalecimento da democracia. A atuação de Lula no cenário político nacional tem gerado debates acalorados e mobilizado diferentes setores da sociedade.
Lula inicia viagem ao Cairo
Lula desembarcou na capital, Cairo, por volta das 4h desta quarta (14), no horário de Brasília, mas já começa a sequência de reuniões nesta quinta. No primeiro dia da viagem, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a primeira-dama, Janja, visitaram as pirâmides de Gizé – onde esteve em 2003, no primeiro mandato, com Marisa Letícia – e a famosa esfinge.
Segundo o Palácio do Planalto, o petista também visitou museus e conversou com egípcios sobre possível colaboração para recuperar itens do acervo do Museu Nacional do Rio de Janeiro, destruídos em um incêndio no dia 2 de setembro de 2018. Após a sequência de compromissos no Egito, Lula segue em viagem para a Etiópia, países que passaram a integrar o Brics em 2024.
O grupo, que reúne algumas das principais economias emergentes do mundo, conta com a presença do Brasil desde a fundação. O governo brasileiro apoiou a ampliação e a entrada dos dois países africanos. Este é o segundo giro de Lula por países da África desde que tomou posse como presidente da República. No ano passado, Lula passou por África do Sul, Angola e São Tomé e Príncipe.
Compromissos oficiais no Egito
Na campanha eleitoral de 2022, Lula colocou entre as diretrizes do programa de governo a previsão de ‘reconstruir’ as relações entre o Brasil e países africanos. Antecessor de Lula, Jair Bolsonaro não visitou países africanos durante o seu mandato (2019-2022). Naquele ano, antes mesmo de ter tomado posse e na condição de presidente eleito, Lula esteve no Egito, a convite do governo local, para participar da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas.
Segundo a agenda de Lula no Cairo, nesta quinta estão previstas duas reuniões com o presidente egípcio, Abdel Fatah El-Sisi. Uma dessas reuniões será privada (entre os dois e intérpretes) e uma será ampliada (da qual costumam participar integrantes dos dois governos). Em comunicado divulgado à imprensa nesta terça-feira (13), o Ministério das Relações Exteriores informou que os dois presidentes discutirão nos encontros as mudanças climáticas e a guerra entre Israel e o grupo terrorista Hamas.
A guerra entre Israel e o Hamas teve início em outubro do ano passado, após o grupo terrorista atacar Israel, resultando em milhares de pessoas mortas na região. Desde o início do conflito, o Brasil repatriou cerca de 1,5 mil cidadãos que estavam na região de conflito e solicitaram ajuda ao governo para retornar ao país. Desse grupo, 115 eram brasileiros que viviam na Faixa de Gaza, fronteira com o Egito, e só conseguiram retornar ao país após o Egito abrir as fronteiras. Lula também terá agendas com outros países árabes durante a viagem ao Egito. Ele terá uma reunião com o secretário-geral da Liga dos Estados Árabes, Ahmed Aboul Gheit.
Agendas na Etiópia
Em Adis Abeba, capital da Etiópia, Lula terá reuniões com autoridades locais e participará da Assembleia da União Africana. O grupo passou a integrar o G20, obtendo o mesmo status da União Europeia junto à entidade.
O discurso do presidente ainda não está totalmente definido, mas Lula deverá reforçar as oportunidades de cooperação entre os países africanos e o Brasil. Durante a presidência brasileira do G20, os três eixos centrais do grupo são: inclusão social com combate à fome e à pobreza, desenvolvimento sustentável e transição energética, reforma da governança global. Lula tem defendido que ao menos um país africano tenha representante no Conselho de Segurança da ONU, além de defender a inclusão do Brasil, Alemanha e Japão no grupo.
Fonte: © G1 – Globo Mundo