Governo venezuelano promete eleições no segundo semestre, com auditoria e cooperação da oposição, segundo fontes do governo brasileiro.
As eleições são eventos cruciais para a democracia de qualquer país, onde a população tem o poder de escolher seus representantes. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o chefe do governo da Venezuela, Nicolás Maduro, discutiram sobre o assunto em uma reunião bilateral nesta sexta-feira (1º), em São Vicente e Granadinas.
O pleito é um momento de extrema importância para a sociedade, pois é quando o povo exerce sua cidadania e decide os rumos do país. Em uma conversa amigável, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o chefe do governo da Venezuela, Nicolás Maduro, trocaram ideias sobre os desafios das eleições em suas respectivas nações.
Discussão sobre Eleições Venezuelanas e Contexto Econômico
De acordo com o governo brasileiro, os dois líderes conversaram amplamente sobre as eleições venezuelanas, que estão marcadas para o segundo semestre de 2024. No entanto, não abordaram a disputa de Maduro com a Guiana pelo território de Essequibo. Além disso, o Palácio do Planalto informou que Lula e Maduro discutiram o contexto econômico, incluindo o comércio bilateral entre os dois países. Também foram abordadas parcerias para combater o garimpo ilegal nas regiões fronteiriças, especialmente nas terras indígenas Yanomami, que abrangem áreas dos dois países.
A cooperação entre Brasil e Venezuela é fundamental para conter a ação de criminosos que cruzam a fronteira em busca de refúgio. O encontro bilateral entre Lula e Maduro aconteceu durante a 8ª Cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC), em Kingstown, capital de São Vicente e Granadinas, com a presença do ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira.
Promessa de Observadores Internacionais e Auditoria para o Pleito
Durante a reunião, o líder venezuelano articulou um amplo acordo com partidos da oposição na Assembleia Nacional de seu país. Ele garantiu que as eleições contarão com a presença de observadores internacionais e uma auditoria para assegurar a transparência do pleito. Segundo o governo brasileiro, a conversa entre Lula e Maduro abordou questões relacionadas não só aos dois países, mas também às nações vizinhas.
Crise de Essequibo e Posicionamento do Brasil
O Palácio do Planalto ressaltou que, apesar das discussões sobre eleições e cooperação, Lula e Maduro não abordaram a crise entre Venezuela e Guiana em relação à região de Essequibo. Nos últimos anos, a Venezuela reivindicou a soberania sobre Essequibo, atualmente parte do território guianês. Lula afirmou que, da mesma forma como na reunião bilateral com o presidente da Guiana, Irfaan Ali, a questão de Essequibo não foi discutida.
O presidente brasileiro expressou que o tema poderá ser debatido futuramente em um fórum mais apropriado. O Brasil se colocou à disposição para contribuir na promoção e manutenção da paz no continente, reiterando seu compromisso com a estabilidade da região.
Fonte: © G1 – Globo Mundo