Na semana, Dow Jones avançou 1,27%, S&P 500 progrediu 1,45% e Nasdaq valorizou 1,40%, com perspectiva clara de flexibilização monetária.
Os mercados financeiros brasileiros fecharam o dia com fortes oscilações, com destaque para os cortes de juros realizados pelo Banco Central. Os investidores ficaram atentos às movimentações econômicas e políticas, aguardando possíveis novas medidas para estimular a economia.
Em meio às incertezas globais, as expectativas de reduções de juros no Brasil ganharam destaque, refletindo a busca por estímulos para impulsionar o crescimento. Os analistas financeiros estão atentos às próximas decisões do Comitê de Política Monetária (Copom) e como elas podem influenciar os cortes de juros no país.
Progresso da Inflação e Enfraquecimento do Mercado de Trabalho Impulsionam Cortes de Juros
Em sua exposição, Powell destacou que é o momento oportuno para ajustar a política monetária diante do progresso da inflação em direção à meta de 2% e do enfraquecimento do mercado de trabalho nos Estados Unidos. Essa declaração praticamente confirmou a expectativa de reduções de juros em setembro, desencadeando um amplo movimento de apetite por risco nos mercados globais, o que favoreceu as bolsas ao redor do mundo.
O índice Dow Jones encerrou com um ganho de 1,14%, atingindo 41.175,08 pontos; o S&P 500 registrou um avanço de 1,15%, alcançando 5.634,61 pontos; e o Nasdaq teve uma valorização de 1,47%, chegando a 17.877,79 pontos. Na semana, esses índices acumularam ganhos de 1,27%, 1,45% e 1,40%, respectivamente.
As ações mais favorecidas pela perspectiva cada vez mais clara de início do ciclo de flexibilização monetária nos Estados Unidos foram as dos setores de consumo discricionário e tecnologia, que apresentaram um aumento conjunto de 1,7% e 1,66%, respectivamente, no S&P 500. Destacaram-se com ganhos superiores a 4% as empresas Nvidia e Tesla.
Paulo Gitz, estrategista Global da XP, observa que o Federal Reserve (Fed) ganhou destaque em uma semana com poucos indicadores econômicos e resultados corporativos. A ata do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC) de julho revelou que, embora todos os membros tenham votado pela manutenção da taxa de juros, vários participantes já defendiam cortes, considerando o avanço nos índices de inflação e no desemprego.
No discurso do presidente do Fed, foi confirmada a expectativa do mercado. Powell afirmou que é hora de reduzir os juros e ressaltou a importância de manter o mercado de trabalho aquecido. Com isso, as projeções para 1 ou 2 cortes de 0,25 na reunião de 18 de setembro permanecem. A decisão dependerá dos dados econômicos, especialmente dos números de emprego a serem divulgados em 6 de setembro.
O respaldo de Powell impulsionou os ativos de risco, em um contexto em que se acredita que a economia dos Estados Unidos não está se encaminhando para uma recessão. A clareza em relação aos cortes de juros sinaliza um movimento positivo para os mercados financeiros, que se mantêm atentos ao ciclo de flexibilização monetária em curso.
Fonte: @ Valor Invest Globo