Papéis de empresas americanas de tecnologia sobem 500 no pregão, influenciados por nomeações de Trump para o governo, relacionadas à inteligência artificial e consumo.
O indicador das 500 maiores empresas americanas, o S&P 500, alcançou um recorde histórico na sessão desta sexta-feira (6), enquanto o Nasdaq também bateu um novo marco, após a divulgação do número de criação de vagas nos Estados Unidos em novembro, que superou as expectativas. Esse indicador positivo reforça a perspectiva de um novo ajuste nos juros pelo Federal Reserve nos últimos dias do ano.
Agora, o setor de tecnologia é um dos principais motores do mercado, com empresas como Meta e Netflix tendo contribuído fortemente para o aumento das ações. Essas empresas são vistas como investimentos de longo prazo e têm o potencial de continuar a crescer em um mercado em constante evolução. Com a economia em recuperação e as empresas de tecnologia atraindo a atenção de investidores, é provável que o mercado continue a crescer e que as ações dessas empresas continuem a ser uma opção atraente para os investidores.
Desempenho do Mercado
Ao final do pregão, o S&P 500 apresentou alta de 0,25%, alcançando 6.090 pontos, enquanto o Nasdaq valorizou 0,78%, para 19.855 pontos. Já o índice que concentra ações industriais, o Dow Jones, caiu 0.28%, para 44.642 pontos. No acumulado da semana, o Dow Jones caiu 0,60%, o S&P 500 avançou 0,96% e o Nasdaq valorizou 3,3%. Depois de duas semanas de alta, o Trump Trade, negociações temáticas ligadas à política do novo presidente americano, apresentou uma semana de baixa, o que explica a queda do Dow Jones no período, índice que concentra essas ações. Por outro lado, foi uma semana bem positiva para as grandes empresas de tecnologia, aponta Maria Irene Jordão, analista internacional da XP. A Tesla liderou, com valorização de 10,2%, já tendo alcançado alta de quase 50% desde a eleição do novo presidente dos Estados Unidos, o republicano Donald Trump. O pior desempenho da categoria foi a Apple, que, ainda assim, subiu 2,4% na semana. Já os setores do S&P apresentaram desempenhos mistos, com o destaque positivo sendo o consumo discricionário, que subiu 4,1%, puxado principalmente pela Tesla. A pior performance foi o setor de energia, que caiu 4,7% depois de já ter apresentado queda de 1,8% na semana passada, impactado pela queda nos preços do petróleo. Os Estados Unidos criaram 227 mil vagas de empregos em novembro, enquanto analistas esperavam que fossem criadas 200 mil vagas no mês passado. A taxa de desemprego subiu ligeiramente em relação ao mês anterior, para 4,2%, acima das expectativas de estabilidade em 4,1%. Depois da divulgação do dado, as apostas em um corte de 0,25 ponto percentual nos juros do país na última reunião do banco central americano no ano, em 18 de dezembro, subiram de 70% para 88%. Segundo analistas do banco ING, o relatório de empregos fraco favorece um corte de taxa em dezembro. A criação de vagas aumentou amplamente em linha com as expectativas após as recentes greves e perturbações causadas por furacões, mas o desemprego aumentou mais do que o esperado. Continuamos a esperar que o Fed corte a taxa de juros em 0,25 ponto percentual em dezembro. Entre os destaques positivos do pregão, ficaram as ações da Meta (META; Nasdaq), que subiram 2,44%, atingindo uma nova máxima histórica, repercutindo a possibilidade de banimento do TikTok no país e a nomeação de David O.Sacks como ‘czar’ de Inteligência Artificial no governo Trump. Além disso, Sacks deve abordar preocupações como liberdade de expressão online e controle das grandes empresas de tecnologia. Já as ações da UnitedHealth (UNH; Nyse) caíram 5,07% após a execução a tiros do CEO de uma de suas subsidiárias, a UnitedHealthcare, na porta de um hotel de Nova York, que lançou luz sobre as taxas de recusa de seguro saúde na companhia.
Fonte: @ Valor Invest Globo