Descubra a anatomia fascinante e as habilidades elétricas incríveis dessas criaturas com órgãos especializados, células musculares modificadas, presas de defesa, voltagens que variam, pulsos elétricos de baixa intensidade.
Os peixes da família Electrophorus, também conhecidos como eletricidade em água, são uma espécie única que surpreende pela capacidade de gerar eletricidade, com voltagens que variam entre 480 e 860 volts. Alguns estudos apontam que essas criaturas são capazes de produzir eletricidade suficiente para matar outros peixes que venham a se aproximar demais.
Os cientistas ainda não entenderam completamente como esses peixes geram eletricidade, mas sabem que isso ocorre na presença de seu sistema bioelétrico, composto por órgãos vitais específicos chamados de eletrócitos, que são responsáveis por produzir essa capacidade única. Alguns teóricos acreditam que essa habilidade pode ter evoluído para fins de defesa, facilitando a captura de presas e repelindo predadores.
Peixes Elétricos: Desvendando a Eletricidade Viva
Não são enguias verdadeiras, mas sim peixes-faca que, apesar do nome, compartilham uma semelhança com o peixe-gato e a carpa. Com uma aparência peculiar, esses peixes não possuem escamas e têm uma pele marrom-acinzentada, podendo crescer até 2,4 metros de comprimento e pesar até 22 quilos. Sua visão é limitada, mas eles habitam águas lamacentas, onde utilizam pulsos elétricos de baixa intensidade para se comunicar e navegar, aproveitando poros sensíveis em suas cabeças e corpos.
A ausência de uma barbatana dorsal longa é uma forma de distingui-los das enguias verdadeiras. Curiosamente, 80% do corpo das enguias elétricas é dedicado a órgãos bioelétricos, enquanto apenas 20% abriga seus órgãos vitais e a cabeça. Isso destaca a importância da eletricidade dentro desse animal. Leia mais: Toxina assassina de peixes bate recorde de maior proteína conhecida.
A anatomia das enguias elétricas é fascinante, com três órgãos especializados: o órgão principal, o órgão de Hunter e o órgão de Sachs. Esses órgãos contêm eletrócitos, células musculares modificadas capazes de liberar cargas elétricas. O órgão de Sachs, localizado na extremidade da cauda, é responsável por pulsos de baixa voltagem, usados para comunicação e navegação. Segundo o Dr. Rupert Collins, curador sênior de peixes no Museu de História Natural de Londres, as enguias elétricas funcionam como ‘baterias vivas’, com suas células musculares organizadas para criar cargas elétricas.
O processo de evitagem de choques é complexo e ainda não completamente compreendido. É acreditado que pulsos elétricos curtos e a absorção da água ao redor ajudem a minimizar os efeitos de sua própria eletricidade. Além de suas habilidades elétricas, as enguias elétricas respiram pela boca e defecam do que parece ser o ‘pescoço’, podendo botar até 1.700 ovos de uma só vez. Essas criaturas desafiam a lógica com sua anatomia e funções, continuando a intrigar cientistas e amantes da natureza.
Fonte: @Olhar Digital