Proprietária do Tinder revela queda de 8% em usuários pagantes no último ano, buscando estratégias para atrair a Geração Z e enfrentar o app rival Bumble.
O Tinder, aplicativo de namoro mais popular do mercado, está passando por uma redução em sua base de usuários.
Embora ainda seja um dos principais aplicativos de namoro do mundo, o Tinder está enfrentando uma concorrência cada vez mais acirrada no mercado de relacionamentos online.
As tendências do Tinder e dos aplicativos de namoro
Mas o ‘amor virtual‘ ainda não entrou em extinção. Pelo contrário, até 46% das pessoas que fizeram encontros on-line afirmam ter usado o Tinder, de acordo com um relatório do Pew Research Center de 2023 nos Estados Unidos. No entanto, mesmo com essa popularidade, os downloads anuais do aplicativo caíram mais de um terço em relação ao seu auge em 2014. O Match Group, empresa responsável pelo Tinder, divulgou em seu relatório de lucros mais recente que o número de usuários pagantes diminuiu 8% no ano passado, totalizando pouco menos de 10 milhões.
Os aplicativos de namoro, incluindo o app rival Bumble, Grindr, Hinge e OkCupid, consolidaram-se como uma presença constante na vida dos americanos. Os downloads em 2023 são mais que o dobro do registro em 2012, ano de lançamento do Tinder. Para os membros mais velhos da Geração Z, que agora também estão adotando aplicativos de namoro, a experiência não parece ser muito diferente da dos Millennials que os antecederam. Mesmo com uma leve queda nos downloads em geral nos últimos anos, a popularidade desses apps se manteve estável, totalizando mais de 36 milhões de downloads em 2023, segundo a data.ai, empresa de análise do mercado móvel.
O domínio do Tinder e a ascensão do Bumble
Para os adultos com menos de 30 anos, incluindo membros da Geração Z entre 18 e 25 anos, os aplicativos de namoro são ainda mais presentes, com até 53% relatando seu uso. O Tinder continua sendo o aplicativo mais utilizado nos Estados Unidos desde seu lançamento em 2012, mas o Bumble está conquistando espaço consistentemente desde 2021 e deve superá-lo em popularidade em breve, de acordo com a data.ai. Com mais de 530 milhões de downloads, sendo mais da metade de usuários entre 18 e 25 anos, incluindo a Geração Z, o Bumble vem se destacando no cenário dos aplicativos de namoro.
Além disso, mais solteiros em busca de conexões online estão encontrando no Hinge uma alternativa viável, enquanto Grindr e HER, aplicativos voltados para a comunidade LGBT, mantêm uma base de usuários sólida. O Match Group, dono do Tinder e de outras marcas como Match, OKCupid e Hinge, lidera o mercado de namoro nos EUA com um valor de mercado de US$ 10,43 bilhões, em contraste com os US$ 2,58 bilhões do Bumble. No entanto, ambos viram queda nos preços das ações desde o auge da pandemia.
Estratégias para atrair a Geração Z
Os jovens adultos com menos de 30 anos têm quase o dobro de probabilidade de serem usuários atuais ou recentes de aplicativos de namoro em comparação com a maioria dos Millennials acima de 30 anos. Mais de 40% dos americanos que usam serviços de namoro online têm como principal objetivo encontrar um parceiro de longo prazo, segundo o relatório Pew de 2023. A Geração Z, no entanto, também está priorizando relacionamentos off-line, com cerca de 40% dos jovens adultos em relacionamentos atuais afirmando que eram amigos íntimos ou conhecidos de seus parceiros antes do envolvimento romântico.
Diante desse cenário, as empresas de aplicativos vêm ajustando suas estratégias para atrair a Geração Z. No ano passado, o Tinder direcionou seus esforços de marketing para os campi universitários nos EUA, oferecendo planos de assinatura mais flexíveis para atender aos usuários mais jovens. O Match Group identificou que os membros da Geração Z buscam por conexões autênticas e com menos pressão, abrindo espaço para aplicativos como o Bumble, onde um em cada três usuários nos EUA está interessado em encontros sem compromisso.
Essas tendências revelam um cenário em constante evolução nas dinâmicas de relacionamento da atualidade, com os aplicativos e estratégias se adaptando para atender às demandas da Geração Z em busca de conexões online e offline.
Fonte: © CNN Brasil