Pesquisa revela medos e dificuldades de fundadores de startups em diferentes segmentos, com concentração de sedes e rede de suporte em destaque.
O cenário empreendedor brasileiro tem crescido exponencialmente nos últimos anos, com indivíduos inovadores buscando transformar o mercado através de suas ideias e projetos. Muitos empreendedores brasileiros têm se destacado não só no Brasil, mas também internacionalmente, conquistando espaço e reconhecimento em diversas áreas.
Um estudo recente entrevistou diversos fundadores de startups nacionais, revelando os desafios e conquistas vivenciados por esses empreendedores ao longo de suas jornadas. É inspirador ver como os empreendedores brasileiros estão conseguindo superar obstáculos e alcançar o sucesso, mesmo diante de um ambiente tão competitivo. A determinação e criatividade desses profissionais são exemplos para o mercado e para as futuras gerações de inovadores.
O perfil do empreendedor brasileiro segundo o estudo Startup Mindscape 2024
O estudo ‘Startup Mindscape 2024’, elaborado pelo MIT Technology Review, em parceria com o Google Cloud, analisou a jornada empreendedora de brasileiros, revelando os aspectos emocionais que influenciam os fundadores de startups e o perfil deles.
A distribuição geográfica das startups no Brasil
Em termos de distribuição, a maior concentração de sedes de startups fica na região sudeste do país (77,89%), seguida pela região sul (14,42%), seguidos pelas regiões centro-oeste e nordeste (ambas com 2,88%), e por último, a região norte concentra menos startups (1,92%).
As ambições dos fundadores de startups brasileiros
Mais da metade dos entrevistados (51%) afirmam que o principal motivo para empreender foi a vontade de mudar o mundo. Já para 14% dos empreendedores, o impulso partiu por vontade de ser dono do próprio negócio. Desafiar os próprios limites (13,5%) e enxergar oportunidades a partir da falhas do emprego anterior (13,5%) também aparecem entre as ambições.
Os medos e desafios enfrentados pelos empreendedores brasileiros
Apenas 1,9% admitiu o desejo de ficar rico. André Miceli, CEO e editor-chefe da MIT Technology Review Brasil, explica que o intuito da pesquisa foi entender a jornada emocional dos fundadores de startups no Brasil, revelando seus desafios e motivações.
Para 35% ter problemas financeiros e não conseguir manter a empresa ativa é o fator mais amedronta, enquanto para 26% é não conseguir escalar o próprio negócio por motivos de equipe.
Outros medos são as incertezas do mercado (11%), ter problemas de saúde e ficar incapacitado de trabalhar (8%), não conseguir equilibrar a vida pessoal e profissional (6%) e por último, novas tecnologias impactando no negócio (6%). Os fundadores frequentemente sentem a ausência de uma rede de suporte que possa auxiliar na conexão, conhecimento e obtenção de investimentos para suas startups.
Quando buscavam investimentos, a maior dificuldade para 28% foi justamente o acesso a uma rede de contatos que os conectasse aos investidores. Já para 22%, a dificuldade foi definir uma estratégia para que a startup estivesse pronta para receber investimento.
Entender como gerir processos jurídicos, contratos e outros temas burocráticos foi a principal complexidade para 18%. Na hora de buscar um financiamento ou parceria, 37% dos entrevistados afirmam que sofreram alguma discriminação, entre os principais motivos estão idade (41%), gênero (28%) e formação acadêmica (18%). Segundo a pesquisa, o perfil predominante do empreendedor brasileiro são de homens, brancos, heterossexuais e sudestinos. Por fim, os segmentos de atuação com maior concentração são: serviços de saúde e medicina (22%), tecnologia (10%), educação (9%), finanças (8%) e agricultura (8%). Aparecem também com menor porcentagem startups com tecnologias voltadas a recursos humanos, indústria e marketing.
Fonte: @ Valor Invest Globo