Pesadelos comuns afetam o sono e podem causar doenças. Estudos indicam ligação com demência, declínio cognitivo e transtornos do sono.
A demência é um termo que se refere a um conjunto de sintomas relacionados à perda de funções cognitivas, como memória, raciocínio e habilidades sociais. Estima-se que mais de 50 milhões de pessoas em todo o mundo vivam com demência, e esse número deve triplicar até 2050.
Além disso, a demência pode ser causada por diferentes fatores, incluindo lesões cerebrais, doenças degenerativas e transtornos cognitivos. É fundamental que haja mais pesquisas e investimentos na área da saúde mental para compreender melhor essas condições e oferecer suporte adequado às pessoas afetadas.
Estudo revela relação entre pesadelos na meia-idade e risco de demência
De acordo com uma pesquisa apresentada durante a reunião anual do Congresso da Academia Europeia de Neurologia de 2024, indivíduos na fase intermediária da vida que experimentam frequentemente pesadelos estão mais propensos a desenvolver demência. Os cientistas analisaram informações genéticas de participantes de um estudo conduzido no Imperial College London, em Londres, e descobriram que adultos nessa faixa etária que sofriam com pesadelos recorrentes tinham uma probabilidade quatro vezes maior de enfrentar um declínio cognitivo nos próximos dez anos.
Relação entre pesadelos e demência: a importância do sono de qualidade
Uma possível explicação para a ligação entre pesadelos e o surgimento de demência é a qualidade do sono, que pode influenciar negativamente o funcionamento cognitivo. Segundo Edson Issamu, neurologista da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, estudos anteriores já apontaram a conexão entre o transtorno comportamental do sono REM – caracterizado por sonhos vívidos, vocalização e movimentos involuntários – e o risco de demência.
Tratamentos específicos para transtornos do sono e sua relação com a demência
Existem opções de tratamento específicas para o transtorno comportamental do sono, tanto farmacológicas quanto não farmacológicas, que podem reduzir ou interromper os sintomas. No entanto, é importante ressaltar que mesmo com essas intervenções, não há garantias de que o desenvolvimento de demência será evitado no futuro.
Diagnóstico e sintomas da demência
O diagnóstico da demência envolve uma abordagem multidisciplinar, incluindo avaliação médica e a realização de diversos exames, como testes neuropsicológicos e exames de imagem. Os sintomas mais comuns da demência incluem perda de memória recente, desorientação temporal e espacial, dificuldades na linguagem, alterações comportamentais e dificuldades na execução de tarefas cotidianas.
Fonte: @ Minha Vida