Nova pesquisa promete transformar tratamento da bipolaridade em abordagem simples e acessível, conectando intestino cérebro para benefícios na saúde mental.
Um professor brasileiro está investindo em uma metodologia inovadora para auxiliar no manejo da bipolaridade e promover o bem-estar dos pacientes.
Com foco no tratamento do transtorno bipolar, ele desenvolveu um programa educacional que tem se mostrado eficaz na redução dos sintomas e no aumento da qualidade de vida dos indivíduos afetados pela bipolaridade.
Estudo Inovador no Instituto de Psiquiatria (IPq) do Hospital das Clínicas da USP
No Instituto de Psiquiatria (IPq) do Hospital das Clínicas da USP, está em andamento um estudo revolucionário que busca explorar a relação entre a bipolaridade e o intestino cérebro. O professor Beny Lafer lidera a pesquisa, que tem como objetivo investigar o potencial dos probióticos como uma abordagem alternativa no tratamento de sintomas depressivos em pacientes com transtorno bipolar.
Durante 12 semanas, os participantes do estudo receberão um probiótico que pode não apenas beneficiar a saúde mental, mas também ter impactos positivos no metabolismo. O tratamento é oferecido de forma gratuita e inclui acompanhamento no IPq, além de suporte para transporte e alimentação nos dias de consulta.
Benefícios do Tratamento com Probióticos para a Bipolaridade
Imagine a possibilidade de melhorar os sintomas da bipolaridade através de um simples suplemento. Essa é a proposta do estudo liderado pelo Instituto de Psiquiatria (IPq) do Hospital das Clínicas da USP. O projeto, sob a coordenação do professor Beny Lafer, tem como foco encontrar novas abordagens terapêuticas para a depressão em pacientes com transtorno bipolar.
O probiótico utilizado no estudo tem demonstrado efeitos promissores no eixo intestino-cérebro, abrindo caminhos para tratamentos inovadores. A conexão entre o intestino e o cérebro é explorada como uma via de mão dupla, onde as alterações na microbiota intestinal podem influenciar diretamente o humor e a saúde mental.
Durante as 12 semanas de tratamento, os participantes receberão o probiótico juntamente com sua medicação habitual, enquanto são acompanhados de perto pela equipe do IPq. Além dos atendimentos presenciais, o estudo oferece acompanhamento online ou por telefone, garantindo uma abordagem completa e integrada.
O professor Lafer destaca que este estudo representa um marco na pesquisa de probióticos para a depressão bipolar, explorando os benefícios da modulação da microbiota intestinal. Os resultados preliminares indicam que a flora intestinal pode desempenhar um papel fundamental na regulação do sistema nervoso central, influenciando a síntese de neurotransmissores e a resposta inflamatória.
Além de avaliar a melhora dos sintomas, a equipe do estudo irá analisar marcadores de inflamação e resistência à insulina, fornecendo insights valiosos sobre os mecanismos de ação do probiótico no organismo. Esses marcadores são essenciais para compreender o impacto do tratamento não apenas na bipolaridade, mas também em condições de saúde mais amplas, como doenças cardiovasculares e diabetes.
Fonte: @ Minha Vida