Anfíbio internado no Hospital Veterinário da UPF, após ser vítima de sapos-cururu com sua boca colada à estômago, após práticas de rituais.
Um caso de maus-tratos em animais silvestres chocou em região do Rio Grande do Sul, onde um sapo-cururu fêmea foi encontrada com a boca colada e precisou passar por cirurgia no Hospital Veterinário da Universidade de Passo Fundo (UPF). O animal segue internado com o objetivo da recuperação, após o procedimento devido ao maus-tratos sofrido.
A prática de maus-tratos é considerada uma violação aos direitos dos animais e pode ter consequências legais. Além disso, a exploração dos animais em rituais, como na prática de maus-tratos, pode levar a consequências negativas para a saúde do animal e do ser humano. O caso do sapo-cururu fêmea é um exemplo de como os maus-tratos podem levar a situações de emergência. A necessidade da intervenção médica foi fincada após o animal ter sido encontrado com a boca colada, e passou por cirurgia para liberar a articulação. A sociedade civil organizada já vê os maus-tratos como uma questão séria, e o Ministério Público Federal (MPF) já tem um plano de ação para combater a violência contra os animais.
Descobertos Maus-Trapos a Anfíbios: Urgência para Prevenção
Reconhecendo a importância da proteção de anfíbios, como o sapo-cururu, é fundamental abordar práticas que causam maus-tratos. Um caso recente em Passo Fundo, no Rio Grande do Sul, trouxe à tona a necessidade de conscientização sobre rituais e práticas que prejudicam a vida selvagem. Uma moradora do bairro São Cristóvão, em Passo Fundo, encontrou o anfíbio e levou-o à equipe veterinária da universidade. A professora Michelli Ataíde, coordenadora do Grupo de Estudos de Animais Silvestres (Geas) da UPF, relatou que o animal chegou ao hospital em estado debilitado, com a boca colada e objetos no estômago.
O Ministério Público investiga o caso e relatou a presença de cabelo e outros elementos que permitem identificar que o animal foi submetido a maus-tratos. O sapo, estima-se, ficou cerca de três dias com a boca colada, apresentando sinais de desnutrição e desidratação. No hospital, o animal foi estabilizado, hidratado e recebeu nutrição intravenosa. Em seguida, iniciou-se o processo de remoção da cola, que levou cerca de 18 horas. Após a retirada da cola, a equipe de veterinários realizou exames e constatou, por meio de raio-X, a presença de um corpo estranho no estômago.
O sapo precisou passar por uma cirurgia para desobstrução. A professora Michelli Ataíde explicou que o animal apresentava boa evolução na recuperação. ‘Ela está se recuperando e já está se alimentando. A recuperação é bastante demorada nos répteis e anfíbios, então, ainda vão alguns dias. Estamos cuidando da ferida, ela está tomando analgésicos, antibióticos, a ferida cirúrgica também está evoluindo, ela sendo alimentada e está correspondendo bem’, complementou. O caso foi denunciado ao Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS), que investigará a situação.
Fonte: @ Terra