O Encontro em Brasília foi encerrado com resultados das oficinas em planos de ação e termos sobre rede, ação, plano, políticas nacionais de saúde integral e atenção à saúde.
A plenária final do Seminário Equidade Étnico-Racial nas Redes de Atenção à Saúde, na terça-feira (17), em Brasília, tratou do resultado das discussões das oficinas Rede Alyne: Estratégias de Enfrentamento ao Racismo. O conteúdo discutido deve ser publicado e repassado aos estados como planos de ação.
A abordagem equitativa - destinada a garantir o acesso à saúde de forma igualitária - foi um dos pontos focados. Além disso, a temática da justiça social e igualdade de oportunidades foi considerada fundamental para a implementação das estratégias. O racismo é um fator que afeta diretamente a saúde das pessoas, e é preciso lutar contra ele para que todos tenham acesso aos serviços de saúde de qualidade.
Construíndo Conhecimentos para uma Saúde Mais Equitativa
O seminário, fruto de uma parceria entre o Ministério da Saúde, Conselhos Nacional de Secretários de Saúde e Nacional de Saúde, a Organização Pan-Americana da Saúde e o Ministério da Igualdade Racial, teve como objetivo fomentar a implementação de ações e estratégias antirracistas e de promoção da equidade étnico-racial nas Redes de Atenção à Saúde.
Ação Coletiva em Direção à Equidade
O assessor especial para Equidade em Saúde, Luís Eduardo Batista, destacou a importância da metodologia utilizada nas oficinas, que foi elogiada por seus participantes. ‘Foram dois dias de empenho na construção de conhecimentos que nos aproximem da equidade étnico-racial em saúde, como nos propusemos. E tem um ponto que as pessoas elogiaram muito que foi a metodologia que se estabeleceu para as oficinas e funcionou muito bem’, afirmou.
Rede de Atenção à Saúde: um Ponto de Encontro para a Equidade
Os participantes, com base na discussão de um caso real no âmbito do Sistema Único de Saúde, abordaram seis eixos, incluindo mortalidade materna, infantil e fetal e near miss por causas evitáveis, bem como a promoção do cuidado étnico-racial em saúde mental a mulheres e seus familiares durante a gestação, parte e puerpério.
Construção de Conhecimentos para uma Saúde Mais Equitativa
Com a ausência de letramento racial entre trabalhadores de saúde, a falta de acesso à tecnologia pelos usuários do SUS, a falta de indicadores com enfoque étnico-racial e a dificuldade de acesso ao Sistema por populações de determinados territórios, os participantes destacaram problemas na equidade dos serviços em saúde. Como soluções, propuseram cursos de formação, lançamento de editais específicos para a temática étnico-racial e a criação de um Plano de Formação Continuada em Antirracismo e Letramento Racial.
Um Caminho para a Equidade: Integração e Cooperação
A assessora técnica do Conass, Carla Ulhoa, enfatizou a importância da integração de ideias e necessidades para a construção de uma saúde mais equitativa. ‘O Conass vem tratando a questão da equidade étnico-racial nas Redes de Atenção à Saúde com prioridade, respeito e dignidade, sabendo da necessidade de que esteja na agenda da alta gestão’, disse.
Um Pilar para a Equidade: Justiça Social e Igualdade
Segundo Akemi Kamimura, consultora em direitos humanos da Opas, a equidade é um pilar fundamental para a construção de uma saúde mais justa e igualitária. ‘A equidade étnico-racial é um tema complexo que requer ação coletiva e cooperação para ser superado’, afirmou. Afinal, a equidade étnico-racial é um direito humano fundamental que deve ser assegurado para todos, sem exceção.
Fonte: @ Ministério da Saúde