Medida restringe uso de celulares nas escolas, exceto para fins didáticos, acessibilidade ou segurança pelo aluno.
Senado discutiu projeto para restringir o uso de celulares nas escolas, como forma de promover a disciplina e a concentração dos estudantes. O objetivo é reduzir a influência negativa dos aparelhos nos alunos, ajudando-os a desenvolver habilidades essenciais para o aprendizado. Os senadores aprovaram o projeto, que agora aguarda sanção presidencial, e é esperado que se torne lei em breve.
Com a aprobacao do projeto, as escolas públicas e privadas devem adotar medidas para evitar o uso de dispositivos pessoais durante o horário de aula. Isso inclui a possibilidade de proibir a entrada de celulares nas escolas, ou mesmo a utilização de tecnologias de bloqueio de sinal de redes sem fio. O objetivo é criar um ambiente de aprendizado mais focado e produtivo.
Uso de Celulares nas Escolas: Uma Nova Regulamentação
A proposta de proibir o uso de celulares nas escolas, aprovada pelo Senado, busca restringir o acesso a esses dispositivos eletrônicos pessoais durante o período letivo. No entanto, é importante destacar que os celulares ainda podem ser usados em casos excepcionais, como situações de perigo, necessidade ou de força maior. Além disso, a proposta também permite o uso de aparelhos eletrônicos pessoais em sala de aula para fins estritamente pedagógicos ou didáticos, conforme orientação do professor, garantir a acessibilidade e a inclusão, atender às condições de saúde dos estudantes e assegurar ‘direitos fundamentais’ dos alunos.
A medida visa reduzir a distração e o uso excessivo de celulares, que podem afetar negativamente o desempenho acadêmico dos alunos. De acordo com o relatório do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (PISA) de 2022, os alunos que usam celulares por mais de 5 horas diárias se saíram pior na prova que aqueles que passaram apenas uma hora ou menos por dia utilizando esses aparelhos. Além disso, o consumo excessivo de conteúdos das redes sociais está ligado a ‘distúrbios de ansiedade, transtornos alimentares e depressão’.
A regulamentação do uso de celulares nas escolas é um assunto complexo e que requer uma abordagem cuidadosa. O projeto, de autoria do deputado Alceu Moreira (MDB-RS), tramita na Câmara desde 2015 e ganhou mais força quando o Ministério da Educação informou que estava preparando uma medida para proibir o uso de celulares em escolas públicas. Em outubro, o ministro da Educação, Camilo Santana, afirmou que apoiava o projeto e que o texto incluía o que defende o governo Lula.
A expectativa do governo é que a medida já passe a valer no início do próximo ano letivo, mas será necessário estabelecer uma regulamentação para as escolas se adaptarem. Um prazo será estipulado para que as escolas se adaptem, mas as que quiserem já poderão aplicar a norma a partir de fevereiro. A regra, após virar lei, precisará de uma regulamentação para que as escolas possam aplicá-la de forma eficaz.
Impacto do Uso de Celulares nas Escolas
O uso de celulares nas escolas pode ter um impacto significativo no desempenho acadêmico dos alunos. De acordo com o relatório do PISA, 65% dos estudantes, dos 690 mil avaliados, afirmaram ficar distraídos nas aulas de matemática devido aos aparelhos portáteis. No Brasil, o percentual foi de 80%, bem acima de Japão (18%) e Coreia (32%). Além disso, o consumo excessivo de conteúdos das redes sociais está ligado a ‘distúrbios de ansiedade, transtornos alimentares e depressão’.
A regulamentação do uso de celulares nas escolas visa reduzir a distração e o uso excessivo desses dispositivos, o que pode afetar negativamente o desempenho acadêmico dos alunos. Além disso, a medida também visa garantir a acessibilidade e a inclusão, atender às condições de saúde dos estudantes e assegurar ‘direitos fundamentais’ dos alunos.
Consequências da Regulamentação
A regulamentação do uso de celulares nas escolas pode ter consequências significativas para as escolas e os alunos. Em primeiro lugar, a medida pode ajudar a reduzir a distração e o uso excessivo de celulares, o que pode afetar negativamente o desempenho acadêmico dos alunos. Além disso, a medida também visa garantir a acessibilidade e a inclusão, atender às condições de saúde dos estudantes e assegurar ‘direitos fundamentais’ dos alunos.
No entanto, a regulamentação também pode ter consequências negativas, como a resistência dos alunos e dos pais em adotar a medida. Além disso, a regulamentação pode também ser difícil de implementar em algumas escolas, especialmente aquelas que não têm recursos suficientes para controlar o uso de celulares.
Em resumo, a regulamentação do uso de celulares nas escolas é um assunto complexo e que requer uma abordagem cuidadosa. A medida visa reduzir a distração e o uso excessivo de celulares, garantir a acessibilidade e a inclusão, atender às condições de saúde dos estudantes e assegurar ‘direitos fundamentais’ dos alunos. No entanto, a regulamentação também pode ter consequências negativas, como a resistência dos alunos e dos pais em adotar a medida.
Fonte: © G1 – Globo Mundo