Data crucial no processo eleitoral americano: Trump pode garantir número de delegados em 12 de março; Biden, em 19 de março, nas primárias do processo seletivo.
A Superterça é um evento importante no calendário eleitoral dos Estados Unidos, onde vários estados realizam suas eleições primárias. Nesse dia, diversos eleitores vão às urnas para escolher os candidatos que irão representar seus partidos nas eleições presidenciais.
O dia de votação da Superterça é crucial para os candidatos, pois uma boa performance nesse dia pode impulsionar suas campanhas e dar-lhes uma vantagem competitiva. É uma data que costuma atrair grande atenção da mídia e dos eleitores, sendo um marco significativo no processo eleitoral dos EUA. Os resultados da Superterça podem mudar drasticamente o cenário político e influenciar o rumo das eleições gerais.
Superterça: Resultados e Candidaturas
Os resultados da Superterça, divulgados entre a noite de terça-feira (5) e a manhã desta quarta (6), deixaram o presidente Joe Biden (Partido Democrata) e o ex-presidente Donald Trump (Partido Republicano) muito perto de confirmar as respectivas candidaturas à Presidência dos Estados Unidos nas eleições de novembro. Nos Estados Unidos, os pré-candidatos de cada partido disputam primárias em cada estado e território do país, elegendo um certo número de delegados (representantes) em cada um deles. Quem tiver o maior número de delegados ao final do processo se torna o candidato do partido à Presidência. A Superterça ganhou esse nome justamente pelo grande número de votação num mesmo dia. Historicamente, o dia costuma ser decisivo tanto para o Partido Republicano quando para o Democrata — mas importa mais a sigla que está na oposição: desta vez, os republicanos. Biden e Trump varreram os Estados Unidos de costa a costa e praticamente asseguraram a reedição da disputa de 2020, vencida pelo democrata.
A confirmação se dará provavelmente nas próximas duas semanas, quando ambos alcançarão o número de delegados mínimo para as respectivas indicações.
O placar atualizado, baseado em projeções da Associated Press, mostra: Partido Republicano
- Donald Trump: vitória em 11 dos 15 estados (Alabama, Arkansas, Colorado, Maine, Massachusetts, Minnesota, Carolina do Norte, Oklahoma, Tennessee, Texas e Virgínia)
- Nikki Haley: vitória em um estado (Vermont)
Partido Democrata
- Joe Biden: vitória em 14 dos 16 estados (labama, Arkansas, Colorado, Maine, Massachusetts, Minnesota, Oklahoma, Tennessee, Texas, Utah, Virgínia, Vermont, Carolina do Norte e Iowa)
- Jason Palmer, um candidato nanico, venceu na Samoa Americana
Trump venceu outros estados que poderiam ter sido favoráveis a Haley, como Virgínia e Maine, que têm grande número de eleitores moderados, em tese mais simpáticos a ela.
A vitória de Trump nas primárias eleva a pressão para que Haley deixe a corrida presidencial. Ela ainda não se manifestou. Aliados dela apontam que o fim da campanha dela pode estar próximo, segundo a Associated Press.
Quando Biden e Trump serão confirmados
Apesar das vitórias contundentes, nem Trump nem Biden terminam a Superterça oficialmente como indicados dos seus partidos. A expectativa é que Trump consiga a indicação dos 1.215 delegados nas primárias de 12 de março, já na semana que vem. Com Biden, o número mágico de 1.968 indicados devem ser alcançado nas primárias de 19 de março.
Previsível
Os resultados das primárias antes da Superterça já apontavam um favoritismo fora da curva de Trump e de Biden, diferentemente de outras Superterças com disputas acirradas. A votação da Superterça já foi decisiva, por exemplo, para o ex-presidente Barack Obama na disputa com Hillary Clinton em 2008 e para Donald Trump na corrida pré-eleitoral em 2016. Os dois acabaram vencendo as eleições nesses anos. Foi acirrada também em 2012, entre os republicanos, e em 2020, para os democratas. O analista político Sam Logan, fundador da consultoria de Washington Southern Pulse, projetou ao g1 que a Superterça deste ano seria a menos importante das duas últimas décadas.
Fonte: © G1 – Globo Mundo