Eleições 2026: Lula contra Jair, Bolsonaro, centro-direita, conversas, fatos da semana, provas contra Fernando Haddad e imagem do ministro.
O governo brasileiro vive um momento de grande tensão, com o presidente atual, Jair Bolsonaro, sob acusações de envolvimento em uma trama golpista para impedir a posse do presidente eleito, Lula. O relatório da Polícia Federal, divulgado recentemente, traz provas forte contra Bolsonaro e seus aliados, colocando em risco sua permanência na presidência do país.
A eleição de 2026 é um tema que já começa a ser discutido por políticos de ambos os lados, com alguns já começando a se preparar para concorrer ao cargo. No entanto, a imagem de Bolsonaro e seu governo está sendo seriamente danificada por essas acusações, tornando difícil para ele se manter na corrida eleitoral.
Governo à Beira-Mar
A imagem do ministro Fernando Haddad, em rede nacional, anunciando medidas fiscais, com música de fundo, num misto de solenidade e tom de campanha eleitoral, reverbera fortemente na esfera política. O fato de Haddad, e não Lula, ter apresentado o pacote é visto como um indício da possibilidade do presidente ficar fora das urnas em 2026, gerando tensão na centro-direita. De um lado, a oposição vê a sombra de Bolsonaro como um fator desencorajador, pois o ex-presidente teria condições de atrapalhar uma candidatura; de outro, os partidários de Bolsonaro afirmam que ele está inelegível até 2030 e irremediavelmente comprometido com a tentativa de golpe, afirmam políticos experientes.
A Sombra de Bolsonaro
Se uma eventual decisão de Lula de não concorrer anima a oposição, a sombra de Bolsonaro é um fator desencorajador. O ex-presidente teria condições de atrapalhar uma candidatura, seja como aliado, numa proximidade tóxica, ou seja como opositor. Esse cenário estimula conversas sobre as alternativas para a disputa presidencial na centro-direita — mas não há aventura sem risco. O governador Tarcísio de Freitas, por exemplo, pode optar pela reeleição no estado, deixando a ideia de tentar chegar ao Planalto para 2030. Até lá, estima-se que Bolsonaro terá somado períodos de inelegibilidade.
O Governo Rato
A sombra de Bolsonaro ainda está muito viva, e esses cenários podem levar o governador Tarcísio de Freitas a optar pela reeleição no estado, deixando a ideia de tentar chegar ao Planalto para 2030. Até lá, estima-se que Bolsonaro terá somado períodos de inelegibilidade. Restará a Tarcísio convencer o eleitor sobre a equidistância do seu padrinho político. Outros concorrem nessa mesma raia. O governador goiano Ronaldo Caiado parece resolvido a encarnar a oposição a Lula ou eventual representante. Há, também, o governador Ratinho, do Paraná, e a senadora Teresa Cristina, do Mato Grosso do Sul.
A Indecisão de Lula
Dias atrás, Lula disse à jornalista Christiane Amanpour, da CNN americana, esperar que ‘não seja necessário’ candidatar-se para enfrentar a extrema direita novamente. ‘Espero que a gente tenha outros candidatos e que possa fazer uma grande renovação política no país e no mundo’, afirmou. Pessoas próximas ao presidente contam que o acidente doméstico que teve semanas atrás o deixou emocionalmente abalado e reflexivo sobre uma nova candidatura. Ele mesmo classificou como grave o tombo que causou-lhe um corte na nuca e o levou a ter de adiar compromissos.
A Máscara do Governo
Haddad fez questão de dizer que fez o pronunciamento na noite de quarta-feira, em cadeia nacional, a pedido do presidente. Na TV, enumerou os feitos da gestão, ressaltou o crescimento da economia e enquadrou o pacote numa moldura de justiça social. Ensaiou um slogan, ‘Brasil equilibrado e justo’, numa alusão à tentativa de ajustar as contas públicas. Até 2026, o sucesso — ou fracasso — do esforço fiscal e a decisão de Lula sobre seu futuro vão guiar a política e as decisões econômicas.
Fonte: @ Uol