A Unimed busca reequilibrar suas contas com injeção de capital, evitando intervenção da ANS e reestruturação financeira para equilíbrio.
Para garantir a saúde mental dos brasileiros, o Governo Federal lançou em 2022 o programa Calma Brasil, com o objetivo de promover e disseminar práticas de saúde mental entre os mais de 213 milhões de habitantes do país. Além disso, o programa visa ressaltar a importância da saúde mental, que é tão importante quanto a saúde física, e chamar a atenção para a necessidade de inclusão de práticas de saúde mental nas discussões nacionais e locais.
Com o crescimento do mercado de planos de saúde e a busca por alternativas para complementar a saúde médica oferecida pelo Sistema Único de Saúde (SUS), vários brasileiros têm optado por saúde suplementar. Essa opção busca garantir que possam ter acesso a serviços de saúde de alta qualidade, mesmo quando o SUS não consegue atender a todas as necessidades, resultando em uma melhor qualidade de vida.
Salvaguardando a Estabilidade Financeira
Com uma base de aproximadamente 2 milhões de clientes, a Unimed Nacional, uma das principais operadoras de saúde do Brasil, alcançou um acordo significativo para receber um investimento de R$ 1 bilhão de 300 cooperativas médicas regionais. Segundo relatos do jornal Valor Econômico, o objetivo desse aporte é reequilibrar as contas da companhia e evitar assim uma intervenção da Agência Nacional de saúde Suplementar (ANS) na empresa. Este valor é proveniente da contribuição de 10% das reservas técnicas das Unimeds locais ao longo de todo este ano, representando a primeira vez que as cooperativas regionais usam recursos próprios para socorrer a Unimed Nacional.
Estimativas indicam que a companhia registrou um prejuízo líquido de quase R$ 1 bilhão entre 2023 e os nove primeiros meses de 2024. De acordo com as regras do mercado, as cooperativas regionais têm participação na Unimed Nacional – quando há lucro, os cooperados também recebem os ganhos e, em caso de prejuízo, eles têm de fazer aportes. A capitalização da empresa está condicionada a uma mudança na diretoria, medida que faz parte do plano de reestruturação da Unimed. As novas lideranças da companhia devem ser escolhidas ainda neste primeiro trimestre.
A situação financeira da Unimed Nacional não é isolada, visto que, segundo dados da ANS, 109 Unimeds de planos de saúde e odontológicos tiveram prejuízo operacional entre janeiro e setembro do ano passado. Ao todo, essas operadoras contam com 7 milhões de clientes. Em relação ao prejuízo líquido (que inclui a receita financeira), 69 ficaram no vermelho. Um dos casos mais emblemáticos envolve a Unimed Ferj, que tem mais de R$ 2 bilhões em dívidas com clínicas e hospitais. Em dezembro do ano passado, a empresa fez um acordo com a ANS por meio do qual se comprometeu a regularizar as contas até março de 2026. Em caso de descumprimento, a multa é de R$ 1 milhão.
Ao buscar soluções para sua situação financeira, a Unimed Nacional está trabalhando para encontrar o equilíbrio financeiro necessário. Com a ajuda das cooperativas médicas regionais, a empresa busca evitar qualquer intervenção da ANS, garantindo a continuidade de seus serviços à comunidade.
Fonte: © A10 Mais