Magistrada sugeriu que advogada levante sua parcialidade: um processo a menos para julgar durante uma audiência.
Em uma áudiencia virtual ocorrida recentemente, a juíza do Trabalho Cleuza Gonçalves Lopes, da 18ª vara de Goiânia/GO, manifestou irritação e proferiu xingamentos ao ser questionada por uma advogada sobre a ata. A advogada apontou um possível erro na ata, e a magistrada respondeu de forma ríspida: ‘A ata é minha, eu escrevo o que eu quiser nela. Que merda de diferença faz?’. Durante a áudiencia, a tensão ficou evidente e a situação se tornou desconfortável para os presentes.
No desenrolar da sessão, a juíza continuou demonstrando impaciência e descontentamento com as intervenções dos advogados. A falta de cordialidade e respeito no encontro virtual gerou um clima tenso e desagradável para todos os participantes. A importância da comunicação eficaz e do respeito mútuo em uma áudiencia foi claramente negligenciada nesse episódio.
Magistrada ironiza advogada durante audiência
Durante uma áudiencia, a juíza fez um comentário irônico em relação à alegação da advogada de que outras testemunhas não teriam sido tratadas da mesma forma. Ela afirmou: ‘É só levantar a minha parcialidade, e eu vou declarar. Com o maior prazer. Um processo a menos para julgar. Ainda mais um banco. Vou ter uma alegria enorme. Eu tenho 300 processos por mês, não vai fazer diferença’, disse a magistrada, enfatizando sua posição de forma incisiva.
Magistrada expressa descontentamento com audiência virtual
A magistrada também manifestou seu desagrado com as audiências virtuais, alegando que ‘todo mundo se acha no direito’ durante esses encontros. Ela destacou que ‘todo mundo acha que é juiz nas audiências virtuais’, evidenciando sua visão sobre a postura dos participantes nesse tipo de sessão.
TRT-18 reforça compromisso com respeito mútuo
Em nota oficial, o TRT-18 reiterou seu compromisso com o respeito mútuo, urbanidade e cooperação com todos os órgãos do sistema de Justiça. A instituição enfatizou a importância de manter relações harmoniosas e respeitosas com a advocacia ao longo de seus quase 34 anos de existência, destacando a valorização desses princípios fundamentais.
OAB/GO e Associação Goiana da Advocacia Trabalhista repudiam atitude da magistrada
A OAB/GO e a Associação Goiana da Advocacia Trabalhista emitiram comunicados repudiando veementemente a postura da magistrada durante a audiência. As entidades manifestaram profunda indignação e destacaram que a conduta da juíza foi totalmente incompatível com os princípios que regem a magistratura, enfatizando a importância do respeito mútuo entre as partes no processo judicial.
Urbanidade no trato processual é essencial, afirmam entidades
As entidades ressaltaram que a urbanidade no trato processual não é apenas uma formalidade, mas sim uma exigência legal e ética que deve ser observada por todos os operadores do Direito, especialmente pelos magistrados. O respeito mútuo é considerado um pilar fundamental para a adequada administração da Justiça, sendo essencial para garantir o equilíbrio e a imparcialidade no decorrer do processo.
Fonte: © Migalhas