Vitória de Trump reforça demanda por pacote de corte de gastos fiscal com políticas econômicas.
No cenário político brasileiro, a eleição é um evento de suma importância, muito acalorada. A eleição é uma escolha feita pelo povo, e o peso da decisão recai sobre o resultado. A votação é o momento mais crítico para os candidatos, pois ela define o rumo da história do país. É um momento de grande expectativa, pois a escolha é feita com base em uma análise profunda das propostas apresentadas.
Na contestação do resultado da eleição presidencial nos Estados Unidos, em novembro de 2016, analistas políticos brasileiros argumentaram que a vitória do candidato Donald Trump não era uma surpresa, mas sim um reflexo do sentimento de rejeição ao sistema político tradicional. Eles destacaram que a eleição foi marcada por uma votação massiva de pessoas que se sentiam mal representadas pelo sistema político vigente. O resultado da eleição foi um reflexo da escolha dos eleitores, que optaram por um candidato que prometia mudanças radicais. O voto dos brasileiros em favor do candidato republicano foi um signo de resistência ao sistema político tradicional.
A Influência da Vitória de Trump nas Eleições: Impacto na Economia e no Voto
A escalada da moeda americana, uma tendência observada em outros países, é atribuída à expectativa global de implementação de políticas protecionistas, que incluem impostos mais altos para a importação de bens e serviços nos EUA, afetando tanto a economia interna quanto a mundial. Este cenário explica o déficit fiscal e a elevação das taxas de juros nos EUA, o que, por sua vez, valoriza o dólar em relação a outras moedas. Por exemplo, o dólar americano registrou alta de 1,8% em relação ao iene japonês, 1,1% contra o dólar australiano e 2,1% contra o euro.
O dólar alto, resultado da eleição de Trump, exerce pressão sobre o pacote de corte de gastos que a equipe econômica brasileira está preparando para preservar as metas do arcabouço fiscal para 2025. A dificuldade de escolher programas e áreas a serem contemplados pela tesoura fiscal é agravada pelos efeitos da vitória de Trump na economia global, com possíveis impactos na condução da política fiscal brasileira.
O governo brasileiro, que aguardava o resultado da eleição americana e da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, deve ampliar os cortes de gastos em um cenário de incertezas. Economistas consultados admitem que a vitória do candidato republicano na mesma semana em que o governo deve anunciar ajustes fiscais não melhora as expectativas para 2025.
Roberto Padovani, economista-chefe do Banco BV, afirma que há consenso de que a gestão Trump tende a ser inflacionária, devido à combinação de expansão fiscal, fechamento comercial com imposição de tarifas de 10% para importação de produtos e controle de imigração. Esse cenário limita espaço para queda de juros e dificulta a vida dos bancos centrais em todo o mundo, incluindo o brasileiro, aumentando o cenário de aversão a riscos e prejudicando o Brasil.
Num cenário global tranquilo, o governo poderia fazer um ajuste fiscal gradual, em etapas e sem pressa, mas a vitória republicana coloca pressão para que o ajuste seja feito mais rapidamente. O governo precisará entregar mais do que pretendia devido à vulnerabilidade da economia brasileira, que está alimentada pela tendência de alta da dívida pública e pela expansão fiscal do governo Trump.
Assim como o economista-chefe do BV, muitos analistas acreditam que o Federal Reserve (Fed) teria menos espaço para reduzir as taxas de juros em comparação ao cenário atual. Os juros mais elevados tendem a valorizar o dólar e, por tabela, afetar a economia brasileira, tornando o voto mais complicado.
Fonte: @ NEO FEED