A tecnologia 5G é móvel mais moderna e de internet, mas ainda não é usada em todo o Brasil. A geração 4G tem 190 milhões de acessos por mês, enquanto a 2G ainda supera a 3G em acessos. A Anatel estabeleceu prazo até 2029 para implementação de rede 5G.
O Brasil ainda não ingressou plenamente na era do 5G, pois em outubro do ano passado, o 4G tinha quase 190 milhões de acessos, correspondendo a 71,7% do total de conexões no país. Nesse período, a 5G acumulava apenas 37 milhões de acessos, o que equivale a 13,9% da base de usuários.
Apesar de não ter sido adotado em larga escala, o 5G oferece desempenho superior em termos de velocidade e menor latência em comparação com o 4G, o que deve permitir avanços significativos em áreas como a telemedicina e o transporte. A tecnologia da quinta geração de telecomunicações, ou quinta geração de telecomunicações, traz inovações que podem revolucionar a forma como as pessoas se conectam e acessam informações. Com a expansão contínua da 5G, é provável que o Brasil aproveite muito mais de suas capacidades em breve.
Desafios da Adoção do 5G no Brasil
O Brasil ainda enfrenta desafios significativos na adoção da tecnologia da quinta geração de telecomunicações, conhecida como 5G. A tecnologia móvel mais moderna atualmente é a 5G, mas ainda não é a mais acessada no país. Segundo dados da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), em outubro, o 4G tinha 5 vezes mais o número de usuários do que o 5G, com quase 190 milhões de acessos ao 4G, representando 71,7% do total de acessos no país, contra 37 milhões do 5G, que equivale a 13,9% do total.
Os dados também mostram que o 2G ainda tem mais usuários do que o 3G, que aparece na última posição. Em outubro, foram 19 milhões de acessos ao 2G (7,5% do total), enquanto o 3G teve 17 milhões (6,7%). É importante destacar que a Anatel vai deixar de certificar novos celulares com tecnologia inferior ao 4G a partir de 2025. O 4G começou a ser liberado no Brasil em 2012, enquanto o 5G entrou em operação no país em 2022 e as operadoras têm até o final de 2029 para levar a tecnologia para todo o país.
A situação pode ser ilustrada pelo fato de o 5G ter uma curva de uso pelo mercado mais acentuada que o 4G, como avalia Wilson Cardoso, membro do Instituto dos Engenheiros Elétricos e Eletrônicos (IEEE) e diretor do Grupo Setorial de Telecomunicações da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee). Além disso, o crescente uso do 5G em redes privativas usadas em áreas como indústria e portos é um indicativo positivo para a tecnologia.
A principal razão pela qual o 2G ainda tem mais acessos que o 3G é porque aparelhos como maquininhas de cartão de crédito e rastreadores veiculares ainda dependem do 2G para funcionar, explica Cardoso. Isso é um exemplo de como a tecnologia da quinta geração de telecomunicações não pode ser adotada de forma imediata em todas as áreas.
Comparações entre 4G e 5G
A velocidade média do 4G é de 28,9 megabits por segundo (Mbps), enquanto o 5G tem uma velocidade média de 360,1 Mbps, segundo dados de abril de 2024 da Opensignal. Além disso, a nova geração de rede pode alcançar até 10 gigabits por segundo (Gbps).
A principal faixa usada pelo 5G é a de 3,5 gigahertz (as outras são 700 MHz, 2,3 GHz e 26 GHz). Ela era ocupada por serviços de satélites e radiodifusão, como as antenas parabólicas, que passaram agora a operar em outras faixas. Sem essas interferências, a faixa fica livre para o 5G standalone (também chamado de 5G puro), que oferece uma conexão mais estável e poderá contribuir para avanços em áreas como transporte, com carros autônomos.
A telemedicina também poderá ser estimulada com cirurgias à distância, como a primeira telecirurgia robótica transcontinental do mundo, realizada em julho de 2024, entre um hospital em Roma, na Itália, e outro em Pequim, na China. A expectativa é de que isso se torne comum porque, além de ser mais rápido, o 5G puro diminui a latência (o atraso entre a transmissão e o recebimento de dados) e oferece uma conexão mais confiável.
Fonte: © G1 – Tecnologia