Médico infectologista foi vítima de sua advogada, que sacou R$… Informada de sua morte, família procurou pela justiça pelo levantamento do dinheiro.
Nas redes sociais @portalg1 compartilhou: Uma cena chocante envolvendo um advogado que sofreu traição de um colega de trabalho. Em meio a um processo judicial, a Justiça foi corrompida quando a quantia de R$ 88,9 mil foi indevidamente retirada pelo profissional desonesto, abalando a confiança no sistema legal. O advogado lesado expressou sua decepção diante do ocorrido.
É essencial fortalecer os valores éticos e a transparência no ambiente da magistratura para evitar casos como esse, que minam a credibilidade do Judiciário perante a sociedade. A legalidade deve ser rigorosamente respeitada em todos os processos judiciais, garantindo que situações de desvio de conduta sejam punidas de maneira exemplar, reforçando a confiança na Justiça brasileira.
Procurando Pela Justiça
Ela relatou que buscou pelo cliente, mas foi informada de que ele havia falecido e, por isso, utilizou o valor para adquirir duas próteses para a mãe, que passou por uma amputação na perna esquerda.
Marcos Caseiro, de 61 anos, ingressou com a ação em 2006 visando uma reclassificação de cargo, alegando desempenhar funções superiores sem reajuste salarial adequado. Assim, requereu a diferença de remuneração referente ao período trabalhado, com juros e correção. A advogada responsável na época, acusada de apropriação indébita, é Lindinalva Marques.
Somente em 2012 foi emitida uma decisão favorável ao médico, que teria direito a receber R$ 62 mil. Conforme Caseiro e sua representante atual, a prefeitura realizou um depósito judicial acrescido dos honorários advocatícios, que variam de 10% a 20%, juros e correções, totalizando R$ 84,9 mil. Com os acréscimos, o valor final alcançou R$ 88,9 mil.
Lindinalva não comunicou o cliente sobre a situação. Em 2013, alegando possuir procuração, solicitou à Justiça o levantamento do montante. Quando o valor ficou disponível em setembro, a advogada se apropriou do dinheiro, utilizando-o para quitar os honorários de outra profissional que a auxiliou no caso.
Uma Questão de Justiça
‘Como o sistema de Justiça pode permitir tal acontecimento? Entregar o dinheiro ao advogado sem que ele prestasse contas ao cliente. Isso é extremamente grave, um absurdo, não há outra palavra’, afirmou Marcos Caseiro.
O depósito foi realizado pela Prefeitura de Santos em 30 de novembro de 2012. Caseiro somente descobriu a apropriação indébita em 30 de janeiro deste ano, quase 12 anos após ter obtido vitória judicial contra a prefeitura. A descoberta ocorreu por meio de uma mensagem de WhatsApp, enviada por uma suposta secretária da advogada que colaborou com Lindinalva no caso.
A atual advogada do médico, Clécia Rocha, levantou suspeitas sobre a mensagem, pois prometiam a liberação do valor mediante um percentual a ser repassado. Ao solicitar o desarquivamento do processo, descobriu o golpe e denunciou as advogadas à Ordem dos Advogados do Brasil – São Paulo (OAB-SP).
Em Busca da Justiça Perdida
A atual representante de Caseiro revelou que, recentemente, se reuniu com as advogadas envolvidas. Lindinalva admitiu ter utilizado o dinheiro, afirmando ter pago os honorários da colega. Alegou ter tentado localizar o cliente, mas recebeu a informação de seu falecimento e que sua única parente seria uma irmã em São Paulo.
A advogada que se apropriou dos valores também confessou ter mantido o dinheiro em conta e destinado o montante à compra de próteses para a mãe, vítima de amputação devido a problemas de saúde. A busca pela justiça nesse caso revela as complexidades e desafios enfrentados no sistema judiciário.
Fonte: © Direto News