OAB/RJ suspendeu registro profissional de advogado por conduta imprópria em sessão ordinária. Prisão administrativa preventiva após manifestação controversa.
De acordo com a notícia publicada pela @folhadespaulo, a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) do Rio de Janeiro decidiu suspender, pelo período de 90 dias, o registro profissional de um advogado chamado Hariberto de Miranda Jordão Filho, que possui 80 anos de idade.
Essa ação da OAB demonstra a importância da conduta ética e profissional do advogado. É fundamental que todo profissional do direito atue de acordo com os princípios estabelecidos pela Ordem, para manter a qualidade e a credibilidade da advocacia no país.
Advogado pede expulsão de judeus da presidência do IAB
Na semana passada, durante sessão ordinária do Instituto dos Profissionais do Direito Brasileiros (IAB), um advogado requereu a exclusão de todos os judeus dos cargos de liderança na entidade. A OAB nacional já havia se posicionado contra o ‘antissemitismo’ e discursos de ódio no campo da advocacia. Como medida preventiva, o IAB suspendeu o advogado Hariberto como membro associado e do conselho superior do instituto.
O IAB iniciou um processo administrativo para investigar a conduta do profissional. Durante sua intervenção de aproximadamente 15 minutos, o advogado expressou sua indignação ao ser denunciado pela Federação Israelita do Rio de Janeiro (Fierj) à OAB no ano anterior, devido a uma declaração feita durante uma manifestação no IAB.
Manifestação controversa do advogado
O advogado alegou ser alvo de uma ‘clara e injustificada perseguição de natureza política, ideológica, religiosa, cultural e até mesmo profissional’. Em sua visão, a entidade deveria identificar o associado judeu (ou mais de um) que forneceu à Fierj a gravação de suas palavras e expulsá-lo do instituto.
‘Não é aceitável que Vossa Excelência ignore as disposições estatutárias e não tome medidas imediatas, tais como a demissão de todos os judeus ocupantes de cargos de liderança no IAB, estejam eles alinhados ao sionismo ou não, em razão de sua fé’, argumentou o advogado ao presidente do Instituto.
Críticas às ações israelenses e à Fierj
No decorrer de seu discurso, o advogado também criticou a falta de posicionamento da entidade em relação às ações promovidas por Israel na Faixa de Gaza. Ele considera um ultraje e uma afronta ao Instituto, que há mais de 180 anos defende a democracia, o silêncio da Comissão de Direitos Humanos diante dos fatos que caracterizam um genocídio e uma limpeza étnica perpetrada pelas tropas israelenses sionistas contra os palestinos desamparados.
Por fim, o advogado sugeriu o fechamento da Fierj, alegando ser uma entidade ‘antidemocrática’ que congrega apenas ‘fascistas, evangélicos e bolsonaristas, sem nenhuma afinidade com os ideais do IAB’. Ele ainda denunciou a presença de ‘infiltrados covardes judeus sionistas’, que, segundo ele, desempenham um papel semelhante ao dos seguidores de Hitler na Alemanha nazista dentro do instituto.
Mônica Bergamo
Fonte: @folhadespaulo
Fonte: © Direto News