Após horas retidos, com atuação da OAB, foram liberados, garantindo prerrogativas constitucionais legais.
Na última quinta-feira, 22, dois advogados foram brutalmente agredidos por policiais militares. Os profissionais, Aldemio Ribeiro do Nascimento (OAB/RR 2805) e Audinécio Estácio da Luz Júnior (OAB/RR 739), estavam exercendo suas funções durante uma ocorrência policial quando foram atacados por membros do Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE).
Os advogados agredidos são respeitados juristas em Roraima, conhecidos por sua dedicação à defesa dos direitos dos cidadãos. A violência sofrida pelos causídicos causou indignação na comunidade jurídica local, que exige justiça e punição para os responsáveis pelos ataques. A atuação corajosa dos patronos em situações de conflito é essencial para a garantia do Estado de Direito.
Advogados de Roraima são vítimas de violência e desrespeito às prerrogativas
Uma cena chocante foi testemunhada em Roraima, conforme relato da OAB/RR: Aldemio Soares e Audinécio, juristas respeitados, foram brutalmente agredidos, algemados, e submetidos a choques elétricos. O desrespeito às prerrogativas da advocacia foi evidente, com Aldemio sendo colocado em um camburão e Audinécio sofrendo agressões dentro de uma viatura no 5º Distrito Policial.
As prisões ocorreram no final da tarde de 22 de agosto, e somente por volta de 2:40 da manhã do dia seguinte é que os causídicos foram liberados, graças à atuação incansável do presidente da OAB Roraima, Ednaldo Gomes Vidal, e dos patronos da Comissão de Defesa das Prerrogativas e Comissão de Direito Criminal e Tribunal do Júri, Vinicius Guareschi e Carlos Vila Real.
Repúdio e solidariedade à classe dos advogados
O presidente da OAB Nacional, Beto Simonetti, não poupou críticas à agressão sofrida pelos advogados de Roraima, manifestando total solidariedade à seccional local. Simonetti enalteceu a atuação do presidente Ednaldo Gomes Vidal e dos representantes das comissões de Defesa das Prerrogativas e de Direito Criminal e Tribunal do Júri, Vinicius Guareschi e Carlos Vila Real, respectivamente, pela libertação dos profissionais.
A Abracrim também se pronunciou, repudiando veementemente o episódio e demonstrando apoio aos advogados agredidos. A associação ressaltou que a violência perpetrada não afeta apenas os causídicos envolvidos, mas toda a advocacia e o Estado Democrático de Direito.
Prerrogativas essenciais para a Justiça e a segurança da sociedade
A violação das prerrogativas dos advogados é um atentado às garantias constitucionais e legais que asseguram a atuação da classe. A Abracrim salientou que tais prerrogativas são fundamentais para a defesa dos direitos fundamentais de todos os cidadãos, representando um pilar do sistema jurídico.
A associação enfatizou a importância do respeito a essas prerrogativas como condição indispensável para a plena realização da justiça. Qualquer forma de violência, especialmente aquela que busca calar os defensores da justiça, deve ser veementemente repudiada e investigada com rigor pelas autoridades competentes. A punição dos responsáveis é crucial para evitar que situações semelhantes se repitam e para garantir a integridade da classe dos advogados e a segurança da sociedade como um todo.
Fonte: © Migalhas