O time principal enfrenta 2025 com novas estratégias no ataque e diversos ajustes, enquanto o time B do Carioca registra mais um jogo sem destaque, caindo para o Nova Iguaçu.
O técnico Filipe Luís apresentou uma variação no seu planejamento inicial para a temporada 2025, o que gerou expectativas sobre o que poderia ser visto nos jogos que vinham a seguir. No primeiro tempo, o Flamengo deslumbrou os torcedores com um ataque rápido e eficiente, enquanto o segundo tempo foi mais lento e fez com que o time perdesse o ritmo.
Em entrevista posterior, Filipe Luís explicou que usou essa estratégia de testes para avaliar diferentes formas de jogar, como as possibilidades de alinhar o meio-campista Gabriel Barbosa como um lateral, em vez do habitual lugar de meio-campista. Além disso, ele também testou a ideia de usar Lázaro como um defensor, o que poderia ser uma opção interessante para o futuro. A expectativa é que esses testes ajudem a entender melhor o que funciona melhor para o time.
‘Filipe Luís em Ação: Desvendando a Estratégia no 0 a 0 do Flamengo com o São Paulo
Na pré-temporada do Flamengo nos Estados Unidos, o técnico Filipe Luís experimentou diferentes combinações de jogadores em busca de encontrar o equilíbrio perfeito. Embora o clube não tenha investido em um centroavante novo, a contratação de Juninho, ex-Qarabag, gerou grande expectativa. A ausência de Pedro, em recuperação de lesão, foi percebida no campo, mas Filipe Luís aproveitou a oportunidade para testar inovações táticas com Alcaraz, que foi escalado como falso 9 em alguns momentos. O lateral também optou por colocar Matheus Gonçalves por dentro, ao lado do argentino, e Bruno Henrique no lado esquerdo, acompanhado de Gerson pela direita.
– Eu aproveitei para fazer alguns testes. Eu testei o Alcaraz de atacante, ele já fez em outros clubes, mas não tinha fezido comigo – afirmou Filipe Luís após o jogo, enfatizando a experimentação ao longo da partida.
O Flamengo do primeiro tempo teve uma formação interessante: Rossi; Wesley, Léo Ortiz, Carbone e Alex Sandro; Pulgar, De la Cruz, Gerson e Bruno Henrique; Matheus Gonçalves e Alcaraz. Embora os dois atacantes tenham começado bem, mostrando pressão alta e posse de bola, a situação rapidamente se alterou após 15 minutos, com ambos errando acionamentos e Bruno Henrique não explorando sua função mais por dentro.
– Nos treinos coloquei o Gonçalves por dentro e ele foi muito bem… O Bruno não é falso 9. É um jogador rápido e de ataque ao espaço. Eu penso que a posição ideal é aberto, e é como ele se sente mais confortável. Mas é um jogador que joga também por dentro e rendeu muito assim em 2019. Ele jogava assim, com dois atacantes. (Ideia é) explorar essa função que ele tem de ataque ao espaço, finalização e gol – explicou Filipe Luís, destacando as características únicas de Bruno Henrique.
O Rubro-Negro teve seus melhores momentos no início e no fim do primeiro tempo, com chances significativas. Wesley invadiu a área e parou em defesa de Jandrei aos 9 minutos, Pulgar testou o goleiro em chute de longe aos 12 minutos, e Alcaraz criou uma chance aos 44 minutos. Gerson abriu na direita com Wesley, e o argentino se posicionou na marca do pênalti para concluir o cruzamento de cabeça. Jandrei fez uma grande defesa novamente. Essas foram as três melhores chances do Flamengo ao longo da partida.
O São Paulo conseguiu manter a marcação e teve a posse de bola, criando volume de jogo, mas apenas obrigou o goleiro do Flamengo a uma defesa: aos 40 minutos do primeiro tempo, o cabeceio de Calleri parou em Rossi. O técnico também destacou as cobranças de escanteio, todas com De la Cruz, que mostraram habilidade e precisão.
– Eu também penso que a defesa é um setor muito importante, e estamos trabalhando nisso com o Juninho. É um jogador muito experiente, que pode nos ajudar a melhorar nossa defesa – acrescentou Filipe Luís, ressaltando a importância da defesa e a contribuição potencial de Juninho.
A estratégia de Filipe Luís demonstrou uma visão inovadora e flexível, abordando a partida com uma mentalidade de experimentação e adaptação. O resultado final, um empate, não reflete a criatividade e a capacidade de ajustar a formação ao longo da partida, mostrando o compromisso do técnico em desenvolver a equipe.
Fonte: © GE – Globo Esportes