A reunião da diretoria colegiada prevista para quarta-feira foi adiada devido a problemas técnicos. O prazo foi estendido para a publicação das manifestações orais online.
A reunião da diretoria colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para discutir a regulamentação dos cigarros eletrônicos foi postergada para a próxima sexta-feira (19).
A popularidade dos dispositivos eletrônicos para fumar tem crescido nos últimos anos, gerando debates sobre sua segurança e regulamentação. Muitas pessoas têm adotado o vape como alternativa aos cigarros tradicionais, mas ainda há dúvidas sobre os impactos de longo prazo desses e-cigarettes.
Reunião adiada devido a problemas técnicos
A diretoria colegiada da Anvisa enfrentou contratempos técnicos inesperados antes da reunião agendada para a quarta-feira (17), o que resultou no adiamento do evento. Os problemas operacionais no canal de transmissão oficial no YouTube não foram resolvidos até as 18h do dia anterior, levando ao ajuste no cronograma. Como consequência, o prazo para o envio de vídeos com as manifestações orais foi estendido até as 18h da quinta-feira (18), conforme comunicado pela agência. Todas as manifestações enviadas de acordo com o edital divulgado serão exibidas durante a reunião.
Proibição de cigarros eletrônicos pela Anvisa
Desde 2009, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proíbe a produção, a venda, a importação e a publicidade de dispositivos eletrônicos para fumar, mais conhecidos como cigarros eletrônicos ou vapes. No ano anterior, a diretoria colegiada aprovou por unanimidade um relatório técnico que recomendava manter a proibição desses dispositivos, além de implementar ações para coibir a comercialização irregular, como fiscalizações e campanhas educativas.
Entenda os dispositivos eletrônicos para fumar
Os cigarros eletrônicos, também chamados de vape, dispositivo eletrônico para fumar, e-cigarette, entre outros nomes, são produtos que evoluíram desde sua criação em 2003. Eles variam de descartáveis a recarregáveis, com diferentes sistemas de funcionamento e ingredientes. A presença desses dispositivos, apesar da proibição no Brasil, tem crescido, especialmente entre os jovens.
Consulta pública e contribuições recebidas
Em dezembro, a Anvisa abriu uma consulta pública para debater a situação dos cigarros eletrônicos no país, buscando opiniões embasadas cientificamente. A proposta de manter a proibição foi discutida com a sociedade, e a consulta pública recebeu mais de 7.600 contribuições até seu encerramento em fevereiro. A participação ativa dos interessados demonstra a relevância do tema.
Riscos à saúde e dependência da nicotina
Apesar de serem promovidos como alternativas menos prejudiciais aos cigarros tradicionais, os cigarros eletrônicos apresentam riscos à saúde. A presença de nicotina na maioria dos vapes é um ponto de preocupação, pois essa substância causa dependência e atinge o cérebro em poucos segundos, desencadeando reações químicas no organismo. A Associação Médica Brasileira destaca os perigos associados ao consumo de cigarros eletrônicos e reforça a importância de medidas regulatórias eficazes.
Fonte: @ Agencia Brasil