Diretores da agência vetaram vapes, proibindo sua fabricação e comercialização. Presidente da Anvisa apoiou decisão.
A decisão da diretoria colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) de manter a proibição da fabricação, importação e comercialização de cigarros eletrônicos, popularmente chamados de vapes, foi tomada por unanimidade nesta sexta-feira. Essa medida visa proteger a saúde da população, especialmente dos mais jovens, diante dos riscos associados ao uso desses dispositivos.
A proibição dos cigarros eletrônicos é uma ação importante para prevenir possíveis danos à saúde pública provocados pelos vapes. É fundamental conscientizar a sociedade sobre os perigos do uso desses produtos, em especial entre os adolescentes, que podem ser mais vulneráveis aos efeitos nocivos do tabagismo eletrônico. Devemos nos manter informados e alertas em relação aos desafios que os cigarros eletrônicos representam para a saúde e bem-estar de todos.
Resolução da diretoria colegiada da Anvisa confirma proibição de cigarros eletrônicos
Os cinco diretores da agência votaram a favor da proibição da fabricação e comercialização dos cigarros eletrônicos no Brasil. O presidente da Anvisa, Antônio Barra Torres, liderou a iniciativa para reforçar as restrições aos vapes. Ele propôs diretrizes para implementar uma política pública de combate a esses dispositivos eletrônicos de fumar. Uma delas sugere a inclusão do tema nos currículos escolares do ensino fundamental e médio.
A determinação vai além, proibindo até mesmo que pessoas que viajam tragam cigarros eletrônicos em suas bagagens. Além disso, os usuários estão impedidos de utilizar esses produtos em ambientes fechados coletivos. Barra Torres justifica a medida como um compromisso com a ciência e a missão da Anvisa. Segundo ele, as evidências existentes não foram contestadas durante a consulta pública.
O relator apresentou 27 ações para combater os cigarros eletrônicos, envolvendo órgãos como o Ministério da Saúde, da Educação e da Justiça e Segurança Pública, além de instâncias subnacionais. Entre as medidas, destaca-se a necessidade de campanhas educativas e a criação de estratégias para combater a propaganda online desses dispositivos.
Os diretores da Agência, Danitza Buvinich, Daniel Pereira, Rômison Mota e Meiruze Freitas, apoiaram o relator. Durante os debates, salientou-se a preocupação com o aumento do tabagismo entre os jovens e a falta de comprovação sobre a segurança dos vapes em relação aos cigarros tradicionais. Pereira alertou para o impacto negativo que a regulamentação desses produtos pode causar nas políticas brasileiras de controle do tabagismo.
Resistência à Regulação dos Cigarros Eletrônicos
A proibição dos cigarros eletrônicos no Brasil enfrenta resistência desde 2019. Os diretores da Anvisa destacaram a necessidade de um controle mais rígido sobre a comercialização e uso desses dispositivos. Rômison Mota defendeu uma fiscalização mais intensa para coibir o comércio ilegal e o consumo em locais fechados. Meiruze Freitas alertou para a gravidade do problema de saúde pública decorrente do uso crescente de vapes.
A avaliação é de que os cigarros eletrônicos representam uma tendência perigosa, pois muitas vezes contêm altas concentrações de nicotina. Os diretores concordaram que promover esses produtos como alternativas seguras ao tabagismo tradicional pode ser prejudicial à saúde pública. A discussão continua, refletindo o embate entre interesses comerciais e a proteção da saúde da população.
Fonte: @ Estadão