Mudanças climáticas e redução de gases do efeito estrela na Conferência das Nações
O Brasil, como um dos principais países em desenvolvimento, responde atualmente por 2,45% das emissões globais de gases de efeito estufa, o que é um desafio significativo para as políticas climáticas. Aproximadamente nove meses antes da realização da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), em Belém, o prazo estabelecido no Acordo de Paris para entrega da terceira geração de Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs, na sigla em inglês) está prestes a terminar, o que pode ter impactos negativos nas negociações futuras.
Com o término do prazo na segunda-feira, 10, apenas dez dos 197 países que fazem parte do tratado atualizaram suas ambições para redução de gases do efeito estufa, o que é um desafio para as políticas ambientais e ecológicas. É fundamental que os países adotem práticas sustentáveis e priorizem a proteção do meio ambiente, pois as mudanças climáticas têm consequências drásticas para o planeta. Além disso, a implementação de políticas climáticas eficazes pode trazer benefícios econômicos e sociais, como a criação de empregos verdes e a redução da pobreza, o que é essencial para um futuro mais sustentável.
Desafios Climáticos
O Acordo de Paris, um tratado global fundamental para evitar a piora dos impactos climáticos e limitar o aquecimento global em 1,5 grau Celsius, completa dez anos em 2025. No entanto, as nações têm enfrentado desafios significativos para alcançar essa ambição. As mudanças climáticas representam uma das principais preocupações ambientais e ecológicas do planeta, e a redução das emissões de gases do efeito estufa é crucial para mitigar esses efeitos. A Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática, COP30, será um evento importante para discutir essas questões.
Até 2035, será necessário reduzir as emissões de gases do efeito estufa em 57% para estabilizar os termômetros em 1,5 grau Celsius acima da temperatura pré-industrial, de acordo com o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma). O secretário-geral da ONU, António Guterres, destacou a importância de criar planos capazes de reduzir as emissões de gases do efeito estufa em 60% até 2035, com claras metas de diminuição da produção e consumo de combustíveis fósseis, promovendo assim práticas mais sustentáveis e respeitosas com o meio ambiente.
Compromissos Nacionais
O Brasil, que responde por 2,45% das emissões globais, segundo o relatório de 2024 do Banco de Dados de Emissões para Pesquisa Atmosférica Global (Edgar), foi o segundo país a atualizar sua Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC) após os Emirados Árabes Unidos. A nova ambição do Brasil estabelece uma faixa de redução das emissões entre 59% a 67% para 2035, em comparação com 2005, o que levará o país a uma emissão líquida anual de 850 milhões a 1,05 bilhão de toneladas de gás carbônico equivalente (CO2e). Essa meta é um passo importante para o país se tornar mais sustentável e reduzir seu impacto ambiental e ecológico.
Os Emirados Árabes Unidos, que representam 0,51% das emissões globais, estabeleceram uma meta de redução de 47% para 2035, em comparação com 2019, o que resultaria em um volume anual de 103,5 milhões de toneladas de CO2e. Já os Estados Unidos, o segundo maior emissor de gases do efeito estufa, apresentaram uma contribuição coerente com sua posição, visando uma redução na faixa de 61% a 66% para 2035, em comparação com as medições de 2005. O Uruguai, por sua vez, comprometeu-se a limitar as emissões de gases do efeito estufa, estabelecendo limites de emissões de CO2, CH4 e N2O para 2035, demonstrando seu compromisso com práticas ambientais e ecológicas sustentáveis.
Desafios Futuros
A redução de gases do efeito estufa é um desafio contínuo para as nações, e a cooperação internacional será fundamental para alcançar as metas estabelecidas. A Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática, COP30, será um momento crucial para discutir esses desafios e encontrar soluções sustentáveis e ecológicas para mitigar os impactos climáticos. O trabalho em estreita colaboração com o anfitrião da COP30, o presidente Lula do Brasil, será essencial para impulsionar as ações necessárias para proteger o meio ambiente e promover um futuro mais sustentável, enfrentando assim os desafios climáticos de maneira eficaz.
Fonte: @ Terra