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Pasta realizou 13 missões de apoio em saúde às comunidades indígenas, atendendo necessidades específicas com equipes e insumos medicamentosos.
O cuidado com a Saúde é uma prioridade fundamental em todas as regiões do Brasil. Recentemente, o Ministério da Saúde tem se destacado por sua atuação junto às comunidades indígenas do Rio Grande do Sul, que enfrentaram as consequências das enchentes. A Saúde dessas populações é uma preocupação constante, e a Secretaria de Saúde Indígena (Sesai) tem desempenhado um papel crucial nesse processo, buscando garantir o acesso integral aos serviços de Saúde.
Além disso, é essencial ressaltar a importância do Sistema Único de Saúde (SUS) nesse contexto. Em situações de emergência, como as enchentes no Rio Grande do Sul, a atuação conjunta do Ministério da Saúde e da Força Nacional é fundamental para garantir o bem-estar e a Saúde das comunidades afetadas. A colaboração entre diferentes órgãos é essencial para assegurar que nenhum indivíduo fique desassistido em momentos críticos, reforçando o compromisso com a Saúde pública em todo o país.
Saúde em Comunidades Indígenas: Missões e Atendimentos
Até o momento, 13 missões com equipes de voluntários da Força Nacional do SUS (FN-SUS) foram deslocadas para as comunidades atingidas. Durante as comitivas, são prestados atendimentos em saúde à população indígena, envio de insumos medicamentosos, mapeamento dos danos e diálogo com lideranças para levantamento das necessidades da comunidade. A atenção à Saúde indígena é prioridade do Ministério da Saúde e da Secretaria de Saúde.
Além disso, a criação do Comitê de Resposta a Eventos Extremos na Saúde Indígena (Cresi), em outubro de 2023, aprimorou a vigilância e o monitoramento de informações sobre riscos de desastres. As ações do Ministério da Saúde visam atender às necessidades específicas das comunidades indígenas em momentos críticos.
Em diferentes proporções, os maiores impactos foram: dificuldades na comunicação, instabilidade no fornecimento de energia elétrica nas residências e nas unidades de Saúde, danos em Sistemas de Abastecimento de Água (SAA) e estruturas dos serviços de Saúde, necessidade de evacuação e restrição do acesso às aldeias. O apoio do Ministério da Saúde é fundamental para garantir a resposta adequada a essas situações.
Na última missão, médicos e enfermeiros foram enviados à comunidade Kaingang Por Fi Ga, a 40km da capital Porto Alegre (RS). Cerca de 250 indígenas foram assistidos pela equipe de voluntários. A Saúde das comunidades indígenas é uma prioridade para o SUS e as equipes da Força Nacional.
Para o cacique Elton Nascimento, a chegada dos voluntários foi essencial ao povo da comunidade. ‘As chuvas atingiram a aldeia e afetaram muito a vida de todos nós. Enfrentamos falta de comida, água para as crianças e roupa de frio. Nossos irmãos e irmãs ficaram doentes, com diarreias e gripes que as enchentes trouxeram para nós. A chegada de ajuda vem em ótima hora para tratar o nosso povo’, declarou o líder indígena, que se recupera de sintomas gripais.
Hoje, a comunidade Por Fi Ga conta com uma Unidade Básica de Saúde Indígena (UBSI) para os atendimentos primários da população. O apoio do SUS e do Ministério da Saúde é essencial para garantir o acesso a Saúde de qualidade para as comunidades indígenas.
Durante a missão, a técnica em enfermagem, Sueli Khey Kaingang, indígena natural da região e responsável pelos cuidados em Saúde da comunidade, relatou que a ancestralidade e união dos indígenas da reserva foi vital para lidar com as adversidades pós-enchentes, mas que o apoio do governo federal permite a ampliação e fortalecimento das linhas de cuidado. A atenção às necessidades específicas das comunidades indígenas é uma prioridade para o Ministério da Saúde.
‘O meu povo tem o conhecimento da natureza, da medicina que vem da terra e foi repassado de geração para geração. É da onde vem o alimento e o remédio. E a nossa comunhão nos fortalece diante dos problemas. Mas o apoio do governo, do Ministério da Saúde, e dos profissionais que trazem não somente o atendimento, mas também os medicamentos para o cuidado, nos ajuda ainda mais para manter a nossa vivência, dos meus irmãos e irmãs, ainda vivos’, declarou.
Para o enfermeiro Eliandro Rodrigues, nascido no Amapá e somando mais de 20 anos de experiência em Saúde indígena e quilombolas, prestar assistência para as comunidades nativas atingidas no estado é honrar um legado familiar de cuidado. O enfermeiro atua, hoje, no Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) Amapá e Norte do Pará. A atuação do enfermeiro reflete o compromisso do SUS em garantir Saúde de qualidade para as comunidades indígenas.
Fonte: @ Ministério da Saúde