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As mudanças climáticas e o desmatamento reduzem água no Brasil, afetando biomas com consequências dramáticas: escassez de chuvas e proteção de nascentes.
Um estudo revela as graves consequências da ausência de preservação de nascentes e áreas de mata ciliar no Brasil. Ao longo dos anos, tem-se observado uma diminuição significativa da quantidade de água disponível no território nacional. Essa realidade gera impactos diretos na vida de milhões de brasileiros que dependem dos recursos hídricos para sobreviver.
A escassez de água e a degradação dos recursos hídricos têm levado o país a enfrentar uma séria crise hídrica. A falta de medidas efetivas para proteger esses importantes ecossistemas coloca em risco não apenas a biodiversidade, mas também a segurança hídrica de toda a população. É urgente a adoção de políticas públicas que visem a preservação e o uso sustentável dos recursos hídricos no Brasil.
Impacto da Escassez Hídrica nas Regiões do Brasil
A situação de escassez hídrica no Brasil tem se agravado nos últimos anos, com a falta de chuvas sendo resultado de diversos fatores. Um estudo recente da plataforma MapBiomas revelou que a superfície de água no país voltou a ficar abaixo da média em 2023, com Estados como Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Roraima e Rio Grande do Sul sendo os mais afetados pela crise hídrica.
O professor Pedro Luiz Côrtes, da Universidade de São Paulo (USP), ressalta que a água da chuva, ao não penetrar no solo, segue diretamente para os corpos d’água, não permitindo um acúmulo significativo de água. Esse cenário representa um sério prejuízo para o fluxo dos rios, tornando a proteção de nascentes e matas ciliares ainda mais crucial.
Além das mudanças climáticas, o desmatamento da Amazônia tem impactado diretamente a disponibilidade de recursos hídricos no país. As chuvas provenientes da região desmatada têm diminuído, resultando em menos água disponível para o solo e agravando a crise hídrica em várias regiões do Brasil.
A escassez de água tem gerado consequências dramáticas, especialmente no Cerrado e no Pantanal, onde a perda de água na superfície tem sido significativa. Os Estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul têm enfrentado uma redução no circuito de água, em parte devido à diminuição das chuvas amazônicas na região.
O professor Côrtes destaca que os constantes incêndios no Pantanal têm comprometido a estrutura do solo e reduzido a quantidade de água disponível no lençol freático, agravando ainda mais a crise hídrica na região. A proteção das áreas alagadas e a preservação das matas ciliares tornam-se essenciais para garantir a disponibilidade de água e evitar uma situação ainda mais preocupante no futuro.
Fonte: @Olhar Digital