Inflação nos EUA impulsiona mercado de ativos com expectativa de corte de juros em setembro.
Em uma semana positiva para os mercados de ativos de risco, o Bitcoin não acompanhou o otimismo em torno do início do ciclo de cortes nos juros nos Estados Unidos. Dados de inflação na maior economia do mundo alimentam as apostas de que o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) irá começar a reduzir as taxas em setembro.
O mercado de criptomoedas tem sido impactado por diversos fatores, mas o Bitcoin continua sendo o centro das atenções. A volatilidade das moedas digitais mostra a complexidade desse universo financeiro em constante evolução.
Bitcoin: Criptomoedas e Moeda Digital em Destaque nos Mercados de Ativos
Enquanto os índices acionários das bolsas de Nova York renovaram recordes recentemente, a atenção se volta para o Bitcoin, a principal e maior representante das criptomoedas, que permaneceu estável ao longo dos últimos dias, mantendo-se no nível de US$ 57 mil, o mesmo registrado no final da semana anterior. Durante a semana, o Bitcoin oscilou entre uma mínima de US$ 54.300, na segunda-feira (8), e uma máxima de US$ 59.400, atingida ontem (11). No momento, por volta de 18h30 (horário de Brasília), a criptomoeda era negociada a US$ 57.600.
A volatilidade do Bitcoin continua a ser observada, com a criptomoeda enfrentando resistência na marca dos US$ 60.00. Essa situação tem levado os mercados de ativos a demonstrarem preocupações quanto à sustentabilidade da recuperação. No entanto, há otimismo em relação aos sinais crescentes de uma possível redução de juros pelo Federal Reserve, prevista para setembro.
Fernando Szterling, chefe da plataforma Bipa Premium, destaca: ‘O Bitcoin continua enfrentando resistência nos US$ 60.00, o que leva os mercados a se preocuparem com a sustentabilidade da recuperação, mas continuamos otimistas com os sinais crescentes de que a redução de juros pelo Federal Reserve se aproxima.’
Por outro lado, Fábio Plein, diretor regional da Coinbase para as Américas, aponta que temores de uma possível recessão nos Estados Unidos, no final deste ano e início do próximo, podem impactar o mercado de criptoativos. Ele ressalta: ‘Os próximos meses poderão ser voláteis, antes de uma possível estabilização no final do trimestre.’
Sebastián Serrano, presidente e cofundador da Ripio, analisa que o movimento de baixa e lateralização (estabilidade) do Bitcoin é positivo e necessário. Ele afirma: ‘Essa lateralização permite que aqueles que deveriam ter saído do mercado o façam, e que novas pessoas e empresas entrem, fortalecendo o mercado a longo prazo.’ A estabilidade do Bitcoin e a movimentação nos mercados de criptoativos continuam a ser acompanhadas de perto, em meio ao ciclo de cortes e aos dados de inflação em destaque.
Fonte: @ Valor Invest Globo