Pesquisas do final de semana mostraram avanço da candidata democrata à presidência americana em locais onde Donald Trump era líder, especialmente em índice das maiores empresas petrolíferas americanas.
Na esteira de uma eleição marcada pela incerteza, o mercado financeiro americano não pôde escapar de ser afetado pelas notícias sobre a corrida presidencial. As bolsas de Nova York operavam perto da estabilidade no pregão desta segunda-feira (4). Contudo, na reta final da sessão, firmaram queda, depois que pesquisas eleitorais no final de semana indicaram avanço da candidata democrata, a vice presidente Kamala Harris, na corrida pela presidência americana.
Os investidores estão cada vez mais atentos às eleições, especialmente quando o pleito se aproxima. Este cenário merece atenção, pois a escolha do próximo presidente pode afetar a economia e, por consequência, as bolsas de valores. A queda nas bolsas, na reta final da sessão, pode ser um reflexo da incerteza sobre o futuro da economia americana. É importante acompanhar as notícias e tendências para tomar decisões informadas no mercado financeiro.
Índices Ações Americanas Reagem à Eleição
Ao final do pregão, o índice das ações industriais americanas, o Dow Jones, registrou uma perda de 0,61% até 41.794 pontos, enquanto o indicador das maiores empresas americanas, o S&P 500, caiu 0,27% até 5.713 pontos. O índice que reúne ações de empresas de tecnologia, o da bolsa Nasdaq, desvalorizou 0,31% para 18.182 pontos, com a eleição como principal foco de atenção.
Pesquisas de intenções de voto realizadas no final de semana revelaram um aumento de apoio a Kamala Harris em áreas onde a maioria dos levantamentos anteriormente indicava Donald Trump como líder na eleição presidencial americana. Isso tornou a eleição ainda mais disputada e influenciou o mercado de ações, afetando o preço das ações das empresas.
Precificação das Ações com Base em Eleição
O mercado de ações havia colocado uma vitória de Donald Trump no preço das ações em várias semanas anteriores, mas com o novo dado, o mercado precisou se ajustar. ‘O movimento de hoje foi resultado de uma melhora nas pesquisas da candidata democrata, revertendo o movimento dos ativos que ganharam com a possível vitória de Donald Trump’, afirmou Diego Chumah, gestor de bolsa do fundo Asa Hedge.
Os juros americanos caíram, enquanto o dólar ficou mais fraco globalmente. As médias das pesquisas coletadas pela rede ABC ainda indicam que Trump está à frente em todos os estados decisivos, exceto em Michigan e Wisconsin, mas com menos de 0,5% de vantagem em Nevada e Pensilvânia, apontam analistas do banco ING.
Ajustes no Mercado de Ações
Entre os destaques positivos do pregão, as ações da montadora Ford (F; Nyse) e GM (GM; Nyse) avançaram 1,37% e 1,65%, respectivamente. Ações de empresas petrolíferas, como Exxon Mobil (XOM; Nyse), Chevron (CVX; Nyse) e ConocoPhilips (COP; Nyse), valorizaram 3,18%, 0,59% e 0,47%, na esteira da forte alta do petróleo de hoje.
Já entre os destaques negativos, ficaram as ações de companhias aéreas, que são pressionadas pela alta do preço do petróleo. American Airlines (AAL; Nyse), United (UAL; Nyse) e Delta (DAL; Nyse) caíram 4,06%, 3,99% e 2,57%, respectivamente. As ações da Tesla (TSLA; Nasdaq) caíram 2,47% e as da Intel (INTC; Nasdaq) recuaram 2,93%.
Desfecho da Eleição e Mercado de Ações
Com o fim do horário de verão nos Estados Unidos, as bolsas americanas voltaram a operar no horário de Brasília, das 11h30 às 18h. As seções eleitorais abrem amanhã de manhã e, às 23h de Brasília, todas as urnas nos estados decisivos terão fechado. Os mercados começarão a se movimentar à medida que a contagem começar, mas analistas acreditam que possam começar a se ajustar à realidade da eleição.
Fonte: @ Valor Invest Globo