No inquérito da Polícia, há elementos de prova que demonstram ruptura institucional, com elementos de prova robustos.
Segundo o inquérito, o ex-presidente Jair Bolsonaro teve conhecimento da tentativa de golpe de Estado que tramou contra o governo Dilma Rousseff em 2016, dentro do Congresso Nacional. A informação foi revelada pela PF para o Ministério Público Federal, que colaborou com o inquérito.
Indiciados foram 37 pessoas, entre elas, 29 policiais civis e militares. Além de Bolsonaro, outros indicados são o deputado Jorge Picciani, o ex-ministro das Comunicações, André Vargas, e o ex-deputado João Paulo Cunha. Eles irão responder pelos crimes de tentativa de golpe de Estado, suborno ou concussão e formação de quadrilha.
Elementos de Prova Apontam Planejamento e Andamento de Golpe
A inquérito da PF, que tramita em segredo, destaca que os registros de entrada e saída de visitantes do Palácio do Alvorada, conteúdo de diálogos entre interlocutores do núcleo próximo ao então presidente, análise de ERBs, datas e locais de reuniões, indicam que Jair Bolsonaro tinha pleno conhecimento do planejamento operacional do golpe e das ações clandestinas praticadas sob o codinome Copa 2022.
A tentativa de consumação do golpe de Estado perpetrado pela organização criminosa não ocorreu, apesar da continuidade dos atos para conclusão da ruptura institucional, por circunstâncias alheias à vontade do então presidente da República. Segundo a PF, a posição pelo golpe foi mantida mesmo depois que os comandantes do Exército e da Aeronáutica, general de Exército Freire Gomes e Tenente-Brigadeiro do Ar Baptista Junior, e da maioria do Alto Comando do Exército, se permanecerem fiéis aos valores que regem o Estado Democrático de Direito, não cedendo às pressões golpistas.
Os elementos de prova robustos indicam que o planejamento e o andamento dos atos eram reportados a Jair Bolsonaro, diretamente ou por intermédio de Mauro Cid, revelando uma trama envolvendo o então presidente da República. A PF enfatiza que a ruptura institucional planejada pela organização criminosa não foi consumada devido a circunstâncias alheias à vontade de Bolsonaro.
A investigação da PF evidencia que a trama envolveu elementos de prova significativos, incluindo registros de entrada e saída do Palácio do Alvorada, diálogos entre interlocutores próximos a Bolsonaro e análises de ERBs, datas e locais de reuniões. Esses fatos indicam que Bolsonaro tinha conhecimento pleno do planejamento operacional do golpe e das ações clandestinas praticadas.
Fonte: @ Valor Invest Globo