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País completou dois anos sem transmissões internas, certificação de país livre de transmissão, queda de registros vacinais.
O Brasil celebrou, nesta quarta-feira (5), dois anos sem registros autóctones, ou seja, com transmissão no território nacional, do sarampo. Com essa conquista, o país está mais próximo de obter novamente a certificação de ‘livre de sarampo’. O Ministério da Saúde divulgou a notícia, destacando a importância da vacinação para manter o controle da doença.
A erradicação do sarampo é fundamental para evitar a propagação de infecções infecciosas. O combate a esse vírus é um desafio global, e a manutenção da vigilância epidemiológica é essencial para prevenir surtos. A população deve estar consciente da importância da imunização para proteger não apenas a si mesma, mas também a comunidade como um todo.
O desafio contínuo da erradicação do sarampo
O intenso fluxo migratório de países vizinhos, a partir de 2018, especialmente da Venezuela, associado às baixas coberturas vacinais, reintroduziu o vírus em território nacional. Em meio a esse cenário, a transmissão da doença infecciosa encontrou espaço para se espalhar, ressaltando a importância da certificação de áreas livres de sarampo.
Desde 2019, o número de casos de sarampo está em queda no Brasil. Os registros caíram de 20.901 casos naquele ano para apenas 41 em 2022, demonstrando um avanço significativo no controle da doença. O último caso confirmado foi em 5 de junho de 2022, no estado do Amapá.
Para manter o país livre do sarampo, é essencial alcançar coberturas vacinais de pelo menos 95%, garantindo uma proteção eficaz contra as infecções virais. Essa medida visa não apenas a segurança da população brasileira, mas também a prevenção de casos importados do vírus, reduzindo o risco de reintrodução da doença no território nacional.
Em nota, o diretor do Programa Nacional de Imunizações (PNI), Eder Gatti, ressalta a importância da vacinação para a segurança de toda a população, inclusive daqueles que não podem receber a vacina. A manutenção das coberturas vacinais é fundamental para evitar surtos e epidemias de sarampo, uma doença altamente contagiosa.
No início de maio, o Brasil recebeu a visita da Comissão Regional de Monitoramento e Reverificação da Eliminação do Sarampo, Rubéola e Síndrome da Rubéola Congênita na Região das Américas, em um esforço contínuo para recertificar o país como livre da circulação do sarampo. A colaboração com organismos internacionais, como a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), é essencial nesse processo de monitoramento e prevenção de novos casos da doença.
A situação do sarampo na Europa, com mais de 58 mil infecções em 41 países ao longo de 2023, serve como um alerta para a importância da manutenção das coberturas vacinais em todo o mundo. A vigilância constante e ações preventivas são fundamentais para evitar retrocessos no controle do sarampo e outras doenças infecciosas.
A vacina tríplice viral, disponível nas unidades básicas de saúde, é uma ferramenta essencial na prevenção do sarampo, da caxumba e da rubéola. O aumento da cobertura vacinal, de 80,7% em 2022 para 87% em 2023, reflete os esforços do Ministério da Saúde em garantir a imunização da população brasileira contra essas doenças altamente contagiosas.
Os dados de 2023 ainda são preliminares e podem sofrer ajustes, mas a tendência de aumento na cobertura vacinal é um indicativo positivo do compromisso do país em manter a população protegida contra o sarampo e outras infecções virais. A colaboração entre autoridades de saúde, profissionais e a população em geral é essencial para alcançar e manter o status de país livre do sarampo.
Fonte: @ Agencia Brasil