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O governo do Brasil não reconhece a OEA para decidir sobre temas eleitorais.
Termos: impasse, votos, violência, escrutínio, presidente.
Os governos do Brasil, Colômbia e México se uniram em uma nota conjunta divulgada na quinta-feira (1º) para expressar sua preocupação com a situação das eleições na Venezuela. Eles ressaltaram a importância de uma resolução do impasse de forma institucional, buscando a transparência e respeito aos resultados legítimos. A manifestação dos países sul-americanos reforçou a necessidade de divulgação dos dados eleitorais do último domingo (28) por mesa de votação no contexto da democracia.
Na perspectiva dos líderes das repúblicas, é fundamental garantir a lisura das eleições para preservar a democracia no Brasil e nos demais países da América Latina. O compromisso com a transparência e a legalidade é essencial para o fortalecimento das instituições democráticas no continente, reafirmando o compromisso mútuo com a consolidação dos valores essenciais da República e participação cidadã ativa. A cooperação entre Brasil, Colômbia e México é crucial para a promoção da estabilidade política em nível sul-americano.
Brasil e os países latino-americanos em impasse eleitoral
As controvérsias em torno do processo eleitoral no Brasil devem ser solucionadas pela via institucional, assegurando o respeito à soberania popular e a imparcialidade na verificação dos resultados, segundo um comunicado divulgado nesta tarde. O documento resultou de uma conversa por telefone entre os presidentes do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva; da Colômbia, Gustavo Petro; e do México, Andrés Manuel López Obrador.
Os governos dos países sul-americanos expressaram interesse em seguir de perto o andamento do processo de escrutínio dos votos. Em especial, fizeram um apelo às autoridades eleitorais da Venezuela para que acelerassem a divulgação pública dos dados por mesa de votação, visando à transparência do processo eleitoral.
Nesse contexto, México, Brasil e Colômbia manifestaram a importância de uma postura cautelosa por parte dos atores políticos e sociais, a fim de evitar a escalada da violência. A prioridade é manter a paz social e resguardar a integridade física dos cidadãos, conforme ressaltado pelos líderes dos respectivos países.
Os chefes de Estado reiteraram o respeito à soberania da vontade do povo venezuelano e manifestaram disposição em apoiar iniciativas de diálogo e busca por acordos que beneficiem a população local. Desde a proclamação da vitória de Nicolás Maduro pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE), a oposição contestou o resultado, alegando fraude.
Os protestos subsequentes resultaram em confrontos, com um saldo de, pelo menos, 12 mortos, mais de mil detidos e diversas pessoas feridas, incluindo dezenas de agentes de segurança. Os números foram divulgados tanto pelo governo venezuelano quanto pela organização não governamental Foro Penal.
A recente declaração conjunta dos países da América Latina ratifica sua postura em relação à situação na Venezuela, em meio ao impasse sobre a validação dos resultados eleitorais. O comunicado ocorre após a discordância dos três países em relação a uma resolução votada na OEA.
A resolução exigia a divulgação imediata das atas eleitorais e a condução de uma auditoria integral com a presença de observadores independentes para garantir a lisura do processo. Enquanto isso, o governo brasileiro e o mexicano se abstiveram da votação, ressaltando a necessidade de respeitar as leis venezuelanas.
Diante das divergências quanto à atuação da OEA no caso venezuelano, o presidente López Obrador expressou críticas à postura do diretor da organização, Luis Almagro, por reconhecer um candidato antes mesmo do desfecho do pleito. Para ele, tal conduta compromete a seriedade e a imparcialidade do órgão multilateral.
Fonte: @ Agencia Brasil