Trabalho apresentado em Sydney, Austrália: nova técnica combina forma matemática, análise de risco ecológico, dados de ocorrência, espécies-alvo, regras específicas, índice de interação pesqueira, custo-benefício e método qualitativo.
O cientista João Silva, em sua pesquisa de pós-graduação em biologia marinha na Universidade de São Paulo, no Brasil, criou um método inovador e uma abordagem única para realizar a análise de risco ecológico no manejo pesqueiro.
Além disso, o professor Ana Santos, em seu estudo sobre conservação marinha na Universidade Federal do Rio de Janeiro, desenvolveu um novo método de análise de risco ecológico que promete revolucionar a forma como o manejo pesqueiro é realizado em todo o país.
Método de Análise de Risco Ecológico: Uma Nova Abordagem
A técnica inovadora visa evitar a pesca acidental de tubarões e raias, contribuindo para a preservação das espécies e reduzindo o risco de extinção, especialmente do tubarão martelo. O pesquisador Marcelo Reis, que concluiu seu mestrado na Universidade Federal de Alagoas (Ufal), baseou seu trabalho em dados de ocorrência de pescarias e das espécies da Australian Fisheries Management Authority (AFMA).
Correlacionando essas ocorrências práticas com a probabilidade estimada pela literatura e pela fonte do AquaMaps – uma plataforma desenvolvida por institutos alemães – Reis conseguiu cruzar os dados de forma matemática. Com base na captura média por unidade geográfica e na probabilidade de ocorrência, ponderada pela área total, ele derivou um valor para cada espécie.
O índice de interação pesqueira, resultado desse método de análise de risco ecológico, considera a ocorrência das espécies em relação à atividade pesqueira. A segmentação por tipo de espécie foi comparada com as espécies-alvo das pescarias, sendo essencial para a captura acessória de tubarões e raias, que estão ameaçados de extinção, conforme as categorias da União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN).
Enquanto algumas espécies são de menor preocupação para a conservação, outras estão ameaçadas globalmente. Na Austrália, por exemplo, o tubarão-martelo é bem protegido devido a regras específicas para sua captura. A existência de limites de captura é fundamental para a preservação desses animais.
Em termos de custo-benefício, o método desenvolvido por Reis se destaca por sua simplicidade, já que não requer uma grande quantidade de dados. Trata-se de uma nova técnica qualitativa que possibilita a rápida identificação das espécies mais ameaçadas ou com maior índice de interação, priorizando sua seleção.
Os testes realizados na Austrália validaram o método proposto pelo pesquisador brasileiro. A fórmula criada por Reis busca aprimorar a atividade pesqueira, auxiliando na preservação de espécies ameaçadas e na definição de áreas prioritárias para essa atividade econômica. O estudo foi publicado na revista internacional Diversity.
Marcelo Reis destaca que a análise de risco ecológico é uma tendência global na ecologia, substituindo abordagens mais corretivas por modelos preditivos. Esse método, que combina análise de risco ecológico, método de manejo pesqueiro e outras técnicas, representa um avanço significativo na conservação da biodiversidade marinha.
Fonte: @ Agencia Brasil