Investir em dólar pode proteger seu dinheiro e aproveitar oportunidades de curto prazo, com intensidade nas variações e preservação do capital.
Com o dólar em alta, a busca por oportunidades de curto prazo no exterior tem se tornado um desafio para o investidor brasileiro. Além de considerar o momento ideal para investir, é crucial avaliar o momento de resgate do investimento com retorno em reais, especialmente diante das constantes oscilações do real em relação à divisa estrangeira.
O cenário de câmbio instável tem impactado diretamente as decisões de investimento, tornando essencial a análise minuciosa das movimentações do mercado de moedas estrangeiras. Nesse contexto, a volatilidade do dólar e a sua influência no mercado financeiro nacional demandam estratégias bem definidas para mitigar os riscos e potencializar os ganhos em investimentos internacionais.
Roberto Lee: Estratégias para Atrair Investidores em Meio à Intensidade do Dólar
Por isso, Roberto Lee, CEO da corretora Avenue, está se concentrando no patrimônio de longo prazo para atrair clientes. Em um cenário de câmbio volátil, onde a moeda estrangeira, como o dólar, exerce forte influência, a preservação de capital torna-se fundamental para o pequeno investidor. ‘Quando falamos em preservação de capital, o cliente começa a investir no exterior justamente porque o real está se depreciando’, disse, no evento Connection, que anunciou mudanças na marca.
Isso porque, para quem é um consumidor global, o efeito do dólar alto é sentido na pele. Em um mercado de sobe e desce constante, a intensidade do dólar mexe com o orçamento de forma significativa. Um estudo feito pela Avenue com dados da Bloomberg mostra que enquanto a paridade entre real e dólar era de um para um no dia 30 de junho de 1994, hoje R$ 100 vale US$ 18.
Frente ao dólar alto e uma concorrência maior, o objetivo de Lee é ser relevante para clientes mais sofisticados, mais exigentes e ‘muito mais conservadores’. Em um ambiente de oportunidades de curto prazo, a estratégia de Lee visa atender às necessidades de um consumidor global em busca de segurança e rentabilidade. ‘Demos três passos para isso: criamos acesso, um portfólio amplo com produtos diversificados e temos agora capacidade de dar assessoria’.
Lee aponta que já é possível ver resultados: seu cliente mudou nos últimos trimestres. Enquanto no início da operação o tíquete médio era de US$ 1,5 mil, nos últimos trimestres ele passou para US$ 60 mil. Em um cenário de constante evolução, a preservação de capital se torna essencial para garantir a segurança dos investimentos. ‘Hoje já temos boa parcela da nossa base composta por clientes que têm acima de US$ 2 milhões. É uma conquista de reputação: chegamos a esse público quando nos associamos ao Itaú’.
Em cinco anos, Lee estima que todos os serviços de investimento no Brasil terão sua própria estrutura internacional. Carlos Ambrósio, sócio da Avenue, diz que a vantagem do investimento direto é obrigar o investidor a olhar o patrimônio em dólar, e não em real. Em um cenário de constante transformação, a visão em moeda estrangeira proporciona uma perspectiva mais estável e consistente. ‘O real é volátil, não o dólar. Dessa forma, ele tira o ruído do caminho’.
Fonte: @ Valor Invest Globo