Objetivo: Reduzir erros de identificação de gênero em inteligência artificial, garantindo reconhecimento facial, diversidade de gênero e segurança.
A iniciativa visa combater a transfobia em sistemas de inteligência artificial, garantindo uma representação mais inclusiva e respeitosa das pessoas trans.
É fundamental conscientizar sobre a discriminação de gênero e o preconceito de gênero, promovendo um ambiente digital livre de ódio a pessoas trans.
Combatendo a transfobia: Projeto ‘Eu existo’ promove diversidade de gênero
Para garantir que a inteligência artificial reconheça e respeite o gênero com o qual pessoas transgênero se identificam, o Égalitrans, grupo de afinidade de pessoas trans do Publicis Groupe, e a agência Publicis Brasil, em parceria com a ONG Casarão lançam o projeto ‘Eu existo’. Essa iniciativa visa treinar o algoritmo dos sistemas de reconhecimento facial, buscando reduzir erros na identificação de gênero e garantir a segurança e inclusão de pessoas trans.
No cenário atual, a discriminação de gênero e a transfobia estão presentes em diversas formas, seja pela falta de diversidade de gênero no abastecimento de dados das IAs de reconhecimento, ou pela ausência de pessoas trans no desenvolvimento dessas tecnologias. Isso resulta em taxas mais altas de erros na detecção dessas pessoas, levando a situações constrangedoras em ambientes públicos, como aeroportos e delegacias.
A API ‘Eu existo’ surge como uma resposta necessária para mitigar esses desafios e promover a inclusão e o respeito às pessoas trans. Por meio do compartilhamento de fotos e dados pela própria comunidade trans, o projeto visa ensinar as inteligências artificiais a identificar corretamente o gênero, contribuindo para a criação de um ambiente mais seguro e acolhedor para todos.
Rogério de Oliveira, presidente da ONG Casarão, destaca a importância do projeto como forma de combater o preconceito de gênero e garantir a participação igualitária de pessoas trans na sociedade. A colaboração de personalidades trans, como Vita Pereira, Isma Almeida, Irmãs de Pau e Aru Macedo, demonstra o engajamento da comunidade em promover a diversidade de gênero e combater a transfobia.
A líder do grupo Égalitrans, Manuela França, ressalta a necessidade de construir um banco de dados diversificado, enfatizando a importância da participação ativa das pessoas trans no projeto ‘Eu existo’. Quanto mais pessoas contribuírem, mais eficiente e preciso será o reconhecimento de gênero pela API, tornando-a uma ferramenta poderosa de transformação social.
Yonara Oliveira, co-líder no Égalitrans, destaca que o projeto representa apenas o começo de um processo mais amplo de inclusão e respeito. Através do engajamento com a tecnologia e a sociedade, a iniciativa visa questionar sistemas excludentes e promover uma maior consciência sobre a importância da diversidade de gênero.
Jairo Anderson, Diretor de Criação da agência, destaca a relevância de projetos como ‘Eu existo’ para promover o debate sobre a discriminação de gênero e a necessidade de repensar o uso da tecnologia de reconhecimento facial. A discussão sobre essas questões é fundamental em um contexto de avanço acelerado das tecnologias, buscando garantir um futuro mais inclusivo e justo para todas as pessoas.
Fonte: @ Ad News