O NHS afirmou que não pode processar sangue com a mesma frequência devido a ataque cibernético da semana passada.
Um ataque de hackers russo ocorrido recentemente resultou na interrupção de diversos serviços essenciais, como cirurgias, exames e transfusões de sangue, nos hospitais mais renomados de Londres, na Inglaterra.
A ação dos hackers da Rússia gerou um caos generalizado, prejudicando milhares de pacientes e profissionais de saúde. Os especialistas em segurança cibernética estão investigando o ciberataque russo para identificar os responsáveis e evitar futuras investidas de hackers.
Ataque de hackers russos compromete estoques de sangue do NHS
Acredita-se que um grupo de hackers russo, conhecido como Qilin, esteja por trás de um ciberataque do tipo ransomware que afetou a Synnovis, empresa que fornece serviços de patologia para hospitais do NHS, o sistema de saúde público britânico. O ataque resultou em uma interrupção no processamento de sangue para pacientes, levando o NHS Blood and Transplant a fazer um apelo urgente por doações de sangue do tipo sanguíneo ‘O’.
Os hospitais afetados estão enfrentando dificuldades para realizar cirurgias e procedimentos que requerem transfusões de sangue, especialmente do tipo sanguíneo ‘O’, devido à criptografia de arquivos realizada pelos hackers. O NHS Blood and Transplant emitiu memorandos alertando para um ‘incidente crítico’, ressaltando a gravidade da situação.
Os ataques cibernéticos do tipo ransomware, como o perpetrado pelo grupo de hackers russo, envolvem a criptografia de arquivos e sistemas de computadores, exigindo resgates para restaurar o acesso. Neste caso, a demanda por sangue do tipo ‘O’ negativo, conhecido como tipo sanguíneo universal, aumentou significativamente devido à sua capacidade de ser recebido por qualquer pessoa.
Com apenas 8% da população possuindo sangue ‘O’ negativo, mas representando cerca de 15% das necessidades hospitalares, a escassez deste tipo sanguíneo é preocupante. Por outro lado, o sangue ‘O’ positivo, mais comum, é necessário para atender a cerca de 76% da população que pode se beneficiar dele.
O NHS enfatizou a importância de doações regulares de sangue para manter os estoques adequados, especialmente em situações de crise como essa causada pelo ataque de hackers russos. A segurança dos pacientes é a principal prioridade, conforme destacado pela médica chefe do NHS Blood and Transplant, Gail Miflin, e pelo diretor médico do NHS England, professor Stephen Powis.
Em meio aos esforços para minimizar o impacto do ataque cibernético nos pacientes, a colaboração da comunidade para doar sangue do tipo ‘O’ negativo e ‘O’ positivo é fundamental para garantir a continuidade dos serviços de saúde e o bem-estar dos pacientes atendidos pelo NHS.
Fonte: © G1 – Tecnologia